No meio de semana, comentarista noticiou reunião de grupo de advogados que defendem trabalhadores rurais assentados nos PAs Paulo Fonteles e Vila Sanção, quando, segundo ele, “ficou definido mais uma grande ação conta a VALE”.

A reação seria conseqüência da falta de negociação da mineradora com os moradores dos dois assentamentos que serão cortados pela estrada a ser construída, ligando ao Projeto Salobo.“Os advogados têm tentado de todas as formas acesso ao documento oficial que rege as regras do convênio entre a Vale e a prefeitura de Parauapebas, para pagamentos das indenizações, laudo das terras, licenciamento ambiental para construção da estrada”, diz o comentarista.

Os moradores dos PAs acusam a Vale de não ter realizado “nenhuma audiência pública para discutir a construção da estrada”.

Na esteira do assunto, o vereador de Parauapebas, Wanterlor Bandeira, também em comentário, diz que a Vale realizou audiência do Projeto Salobo, no inicio dos anos 80, debatendo a época, o trajeto original da estrada que seria pelo Projeto N1, passando pelo Núcleo de Carajás.“Esse novo trajeto, foi amplamente discutido com o governo do município e membros das associações”, diz.

Segundo Wanterlor Bandeira, a questão requer a ampliação dos debates às comunidades de Marabá, e não restringir o tema apenas aos interesses das associações – “até porque a estrada é um bem publico e sua manutenção e conservação serão feitas com custeio de verbas publicas”.

Sem contar as alterações e o impacto socioambiental que o projeto causará aos dois municípios.

Marabá, por ser detentora da área a ser minerada; e, Parauapebas, por abrigar as bases operacionais.