Crianças e adolescentes de grande parte de vilas, distritos e localidades diversas da zona rural de Marabá, ainda não retornaram às aulas, em 2017.

E, quem retornou, frequenta as escolas de forma improvisada.

Tudo porque a prefeitura deixou a educação do setor rural em segundo plano, alegando dificuldades financeiras para fazer contratações de professores e demais servidores.

 

Só que quando o assunto, em qualquer situação, é Educação de jovens, o ensino não pode ficar sobrestado

Ou seja, o que há de concreto hoje em Marabá é que a prefeitura não priorizou a sequência do ensino para milhares de jovens que já convivem, no dia a dia, com as deficiências estruturais em busca de aprendizado.

Como a Zona Rural conta com um pequeno número de servidores concursados, existem vilas inteiras que dependem exclusivamente de contratados.

Mais de 80% do pessoal de apoio e professores são contratados.

Informação foi repassada ao blogueiro por um grupo de pais de família que esteve na redação, no último sábado.

Eles contam que onde algumas escolas funcionam, as aulas estão acontecendo de forma parcial, e apenas onde há concursados.

Nesse caso, se não houver professores suficientes, os alunos são liberados mais cedo.

O período escolar normal já chega na metade do primeiro semestre, sem que se saiba com segurança quando os jovens voltarão às salas de aula.

Pior é que há um calendário anual especifico para cada escola, e nesse calendário deve haver o respeito aos 200 dias letivos determinados na LDB.

O processo seletivo promovido pela Semed  – , pela primeira vez e  para o ano de 2017,  está na fase de convocação -, não contempla a zona rural do município, razão pela qual não se explica a demora na contratação de professores, uma vez que os mesmo não foram submetidos a esse certame.

Sendo uma contratação direta, o processo é bem mais célere, ou pelo menos “deveria”.

Na casa de cada pai de família, na zona rural, a preocupação maior é com a informação de que a Semed está planejando  reduzir a quantidade de escolas e anexos da zona rural  e assim diminuir os custos com pagamento de servidores, a logística da merenda, transporte escolar e manutenção de prédios escolares.

Temem, com a medida, verem seus filhos levados para escolas mais distantes de onde residem.

Porém já há uma “economia” promovida pelo atraso do ano letivo até o mês de abril/2017, pois toda essa logística não está sendo movimentada para a zona rural.

É assim, sempre assim: entre o mar e o rochedo, o lambari é quem apanha.

Alguém da Semed pode explicar quando verdadeiramente as crianças e adolescente da zona rural passarão a ir à sala de aula?