Senhores Vereadores do Município de Marabá:

Acabei de ouvir entrevista à Rádio Clube da vereadora Julia Rosa (PDT), presidente desse poder, comunicando reunião privada, marcada para esta tarde, dos parlamentares municipais, para tratar da denúncia que este blog fez contra a vereadora Ismaelka Queiroz (PTB).

Cuidadosa, a presidente deixou claro que não se manifestaria a respeito de qual posição a Câmara tomará diante das graves denúncias aqui formuladas, enquanto não receber consulta feita aos advogados da Casa e da manifestação de seus pares.

O que a presidente da Câmara deveria ter dito à população, enojada de tantos abusos (usando termo educado) de alguns “representantes do povo”, é de que se dependesse dela, diante das provas insofismáveis apresentadas por este pôster, Elka será submetida a um processo de cassação de mandato por falta de decoro.

A mesma coisa pensa o Ministério Público de Marabá, que reagiu imediatamente ao tomar conhecimento das denúncias, esperando como resposta do Poder Legislativo algum ato de grandeza à altura do crime cometido pela desconectada vereadora.

É bom sabarem, senhores parlamentares, que quando falta ética na política, – falta comida no prato de uma criança, falta saneamento básico, falta saúde e educação de qualidade, sobra suborno e miséria.

O silêncio e o corporativismo não podem mais, se sobrepor à Câmara Municipal.

Que os interesses da sociedade sejam os interesses do parlamento.

O mínimo que cada um de Vossas Excelências deve fazer num momento de gravidade como este revelado pelo blog, é se colocar ao lado da compostura. Comportando-se assim, sinaliza altruísmo e compromisso com a Justiça e com a população que elegeu cada um dos senhores.

A vereadora Ismaelka praticou ato imoral e irresponsável, torrando dinheiro público em extremadas investidas pessoais, sem se importar com o decoro e com a opinião píblica.

Se a Câmara Municipal de Marabá fizer de conta estar tomando atitudes, sem mover nada de prático realmente comprovador disto, seus atuais vereadores jamais serão perdoados pelo crivo do eleitor.

Nunca esqueçam: o vereador é eleito pela vontade soberana do povo. Portanto, seu mandato representa um canal de expressão em defesa dos interesses das comunidades, não de grupos institucionalizadas da perversidade moral.

Estes, podem ter certeza, serão condenados pela população, banidos do meio político, pois seu comportamento é nocivo à sociedade e à democracia.

O Poder Legislativo, tanto nas esferas federal, estadual e municipal é a mais alta expressão de soberania. È quem cria o direito, a obrigação e as penas, quem regula os outros poderes e os cidadãos, quem decreta as normas que devem reger a sociedade. Em suma, é quem faz, interpreta e desfaz a lei.

Enquanto vereadora nesses dois anos de mandato, Elka Queiroz tem feito exatamente o contrário. Os fatos conhecidos publicamente estão aí mesmo para comprovação.

O político responsável deve pautar-se pela moral, pela ética e pelo sentimento de justiça. Também significa dignidade, nobreza e honradez, entre outros sentidos que o termo empresta à conduta de tantos quantos se portam de forma conveniente.

Elka Queiroz deu provas de que não é capaz de merecer o respeito à dignidade do Poder Legislativo e da sociedade.