O blog tem recebido diversas reclamações de usuários do aeroporto de Marabá reclamando da desobediência aos protocolos sanitários exigidos para o enfrentamento de Covid-19.

Como no período vespertino praticamente três companhias aéreas pousam e decolam quase aos mesmos horários, a concentração de passageiros, no salão de embarque, ocorre com distanciamento mínimo.

“Há situações nas quais somos obrigadas a evitar perambular pela área devido aos riscos de contaminação – embora dificilmente registremos pessoas andando sem máscara. Mas o risco é grande, a sala de embarque é pequena para a quantidade de pessoas. Estamos passando por riscos potenciais, ao permanecer algum tempo no salão de embarque”, diz Ronisalda Pereira, ao telefone, conversando com o blogueiro.

Em outra ponta, ouvimos João Oscar da Lira que estava embarcando para Brasília.

Ele passa a mesma preocupação.

“Eu sempre faço esse percurso Marabá-Brasília-Marabá, uma vez que minha família reside na capital federal e eu tenho negócios aqui no município. Sei que é difícil  a administração de um aeroporto controlar  o comportamento das pessoas que utilizam o terminal, mas se faz maior rigor no controle sanitário.  Muita gente próxima umas das outras, isto talvez por causa do tamanho da sala de embarque, acomodando tantos passageiros em horário de pico de pouso e decolagem”, reclama o empresário do setor de

Cinco passageiros ouvidos por telefone foram unanimes: não está havendo  o devido distanciamento social no aeroporto de Marabá, deixando transparecer que a direção da Infraero não está sendo rigorosa  em exigir o cumprimento do protocolo de prevenção a Covid-19 estabelecido pela Anvisa.

“Quando ocorre de haver atraso em algum  voo das três companhias (TAM, Gol e Azul) a situação se agrava, porque o tempo de passageiros concentrados na sala de embarque é maior, gerando maior aglomeração, porque aumenta  o número  de pessoas num mesmo local. Quando isso ocorre, a direção do aeroporto não tem a sensibilidade de autorizar aos passageiros  aguardarem na área externa, fato que melhoraria o distanciamento social”, aponta a passageira médica Rosilene Andrade, que estava embarcando para Belém.

O passageiro Ronaldo Albuquerque Saraiva,  com cartão de embarque liberado para seguir rumo a Belo Horizonte, explica que em situações de  atrasos de voos alguns aeroportos adotam estratégias  que ajudam a controlar o fluxo de usuários.

“Já passei por situações de atrasos de voos em alguns aeroportos, e o que fizeram? O checkin foi bloqueado até que se confirmasse o horário de pouso, conforme alinhamento com as empresas aéreas. Isso é uma decisão sábia, porque alivia a concentração de passageiros num mesmo ambiente”, sugere Ronaldo.

Em duas tentativas, antes do fechamento deste texto, o blogueiro não conseguiu falar com o  superintendente do aeroporto,  Wigson Diego Saturnino Santos.

Nas duas ligações, feitas no meio da tarde desta segunda-feira, 31, a recepcionista do telefone geral da Infraero pediu para o blogueiro aguardar na linha enquanto ela tentaria localizar o dirigente maior do órgão em Marabá.

Na primeira tentativa, a moça retornou pedindo ao repórter que uma nova ligação fosse feita  10 minutos depois, “porque eu não consegui localizá-lo”.

Passado o tempo sugerido, o blog retornou a ligação.

Outra vez, a recepcionista deixou o blogueiro aguardando na linha enquanto tentava localizar  Wigson Diego Saturnino Santos.

Parece até que a autoridade do aeroporto estava se esquivando de atender a imprensa, porque o terminal aéreo de Marabá não tem a dimensão do aeroporto de Guarulhos para que seu superintendente não fosse localizado em duas tentativas.