Sob o título “Tipo assim…”, o Ademir Braz não pega leve para contar das formigadas a lhe pertubarem o dia a dia. Em sua página no Correio do Tocantins, tipo assim, ele diz:

Há dias ando meio Bin, meio Laden e vocês podem me chamar de Adebin Laden. Janeiro foi um mês de cão. Os caras da Celpa vieram e cortaram a energia, fiquei uma tarde e uma noite à luz de vela, que romântico, sem vinho tinto, só cerveja e aguardente por companhia. Graças a Deus meu filho não bebe nem fuma, de sorte que tomei todas sozinho. Dinheiro, nenhum. Amores, em recesso. Ando em estado de anorexia sexual, maior jejum. Há zumbidos estranhos no telefone e alguém sugere que pode estar clonado, grampeado, sei lá, o certo é que todo mês sangro algo em torno de R$ 300, fone residencial mais caro do que um de supermercado.
Banhos, só de hissope – banho de inzope, como se diz por aqui. Há quase dois meses a água da Cosanpa vem quando quer. Nessas últimas duas semanas, não veio mais, às vezes de madrugada, quando dá pra encher algumas panelas. A senhora tem poço artesiano? Então é uma mulher feliz! Anos antes também pensei em cavar um, mas as fossas da Nova Marabá são muito próximas, não há espaço para uma obra dessas e, cá pra nós, pelo menos os coliformes fecais da Cosanpa vêm, quando vêm, do Tocantins. O que lhes dá algum ilusório pedigree, ao menos em relação à água da fossa do vizinho.
Quando essas empresas tiverem com o oficial de justiça à porta, bom será para meus colegas advogados.