Para quem gosta de medir a realidade com números – ciência exata que nos permite fazer comparações qualitativas de desempenhos -, o blog teve acesso ao balanço das atividades da 2a Vara do Trabalho, com sede em Marabá.
No quadro abaixo, dá para perceber a magnitude do trabalho presidido pelo juiz Jônatas Andrade.
Os dados estatísticos de desempenho da 2ª Vara são irrefutáveis, em relação a produtividade de 2012 das demais 45 Varas instaladas, e em funcionamento, nos municípios do Pará e Amapá.
Na chamada fase de execução pagou-se mais de R$18 milhões a trabalhadores e ao Tesouro Nacional, média de R$1,5 milhão mensais.
O resultado superior à média regional de R$9,7 milhões anuais.
O resultado é superior à média regional de R$ 9,7milhões anuais.
Também é superior em R$6 milhões ao próprio resultado da Vara de 2011.
A meta de execuções – meta 17, CNJ – foi alcançada.
Foram encerradas 1011 execuções, contra 838 em 2011.
Naquilo que se denomina de fase de conhecimento, a pauta de audiência inaugural está com menos de 30 dias. A meta de julgamentos – meta 1, CNJ – chegou próximo. A meta era de 2.442 julgamentos; foram julgados 2.253.
O estoque é de 487 processos.
Registre-se, ainda, que no período de 2012, a Vara contou com um magistrado a menos, menos quatro servidores, houve aumento da demanda individual, além de várias ações coletivas que contemplaram centenas de trabalhadores (EB Alimentos, Cosipar, etc…);
Esse desempenho extraordinário – comprovado nos dados estatísticos acima -, demonstra com clareza a urgente necessidade de construção de mais duas Varas em Marabá. Nunca é bom esquecer que, legalmente, as duas varas já estão criadas por lei, com recursos disponibilizados.
O que tem emperrado início das construções é a falta de terreno.
Os números de 2012 mostram, definitivamente, a importância de Varas de Conciliação, não só para a pacificação social, mas para a redistribuição de renda e o dinamismo da economia local. Foram R$ 18 milhões por ano injetados, entregues a potenciais consumidores: os trabalhadores.
Conversando esta manhã com o juiz Jônatas Andrade, ele não se continha de satisfação ao analisar o desempenho da 2a Vara, por ele presidida.
– “Imagina se multiplicarmos isso por quatro (2 Varas instaladas e duas a instalar)? Toda a região ganha em um momento econômico que se aparenta difícil”, analisa, cheio de razão, o magistrado.
Marcus
11 de janeiro de 2013 - 13:04Hiroshi, um pequeno trecho da reportagem me chamou mais atenção do que todo o restante: “O que tem emperrado início das construções é a falta de terreno”.
Será mesmo que há falta de terreno em Marabá??? Nos últimos 4 anos vimos uma enxurrada de empreendimentos imobiliários se instalarem em Marabá e todos eles são OBRIGADOS a entregar ao poder público municipal uma área (Área Institucional) para a construção de instituições que beneficiem a população como um todo (escola, postos de saúde, creches, etc…)
O que vemos é que muito poucas (pra não dizer nenhuma) dessas Áreas Institucionais se transformam efetivamente em benefício para a população. A prefeitura não poderia, por exemplo, fazer uma parceria com o governo do Estado, para passar uma destas Áreas para a construção destas novas Varas?
Aí refaço a pergunta: será mesmo que o problema é a falta de terreno???
Abraço