Ítalo Ipojucan, presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá, batalha para conseguir patrocinadores que viabilizem a realização do seminário “Oportunidade de Negócios e Empregos: Investimentos Previstos para Marabá”, previsto para o período de 22 a 24 de novembro, no auditório da Secretaria de Saúde de Marabá.
Com investimentos previstos, até 2015, da ordem de US$ 7,6 bilhões, novos projetos vão gerar, no entorno do município, oportunidades de negócios e empregos, que poderão alavancar o desenvolvimento sócio-econômico do município e da região, desde que sejam tomadas ações antecipadas para atrair investidores em empresas de fabricação de bens e prestadores de serviços especializados, além da preparação da mão de obra para tender as demandas que serão criadas.
Com essa visão, a diretoria da ACIM entende ser necessário o imediato envolvimento de diversos agentes na discussão da qualidade e do potencial dos aportes anunciados, principalmente para a consolidação de parcerias com governos Estadual e Municipal, além da atração de outros segmentos, como empresas privadas, para a realização do seminário, em substituição a edição 2011 da Ficam (Feira da Indústria, Comércio e Artes de Marabá), definitivamente suspensa este ano.
“Precisamos realizar esse evento com o objetivo de discutir as ações necessárias para capacitar empresários e trabalhadores locais, para aproveitarem as oportunidades e conhecer experiências de municípios que passaram por processo semelhante”, defende Ítalo.
Na apresentação prévia do Seminário, seu objetivo imediato é “fomentar a criação de um pólo de empresas da indústria de base (fabricação de bens, serviços de montagem e manutenção industrial, construção civil, engenharia e gerenciamento de projetos, logística, serviços especializados e comércio para indústria) que possa atender as demandas dos investimentos previstos gerando emprego, renda e desenvolvimento sócio econômico”. Em outras palavras, discutir o pólo metalmecânico.
Dentre outros objetivos, conhecer as demandas de bens, serviços, materiais e mão de obra dos projetos de investimentos previstos; apresentar o município e sua infraestrutura para empresas detentoras de tecnologia e investidores de outros estados e países; conhecer experiências de outras regiões que implantaram com sucesso projetos similares, como MG, CE e ES; debater as ações necessárias para capacitar empresários e qualificar trabalhadores locais para aproveitarem as oportunidades; e, conhecer a política de incentivos e benefícios previstos para atração de investidores da cadeia de abastecimento das grandes empresas.
Além de órgãos de governos Federal, Estadual e Municipal, seminário pretende colocar no centro dos debates empresas como a Merso, Flshmith, Outotec, Siemens, Voest Alpine, Enesa, Odebrecht, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Medabil, Imetame, Estel, Fortes Engenharia, União Engenharia, entre outras, como a Vale e Sinobrás.
Também serão convidadas, Instituições de ensino e pesquisa como: UFPA, UEPA, IFPA, Metropolitana, SENAI, Obra Kolping, BNDES,ELETRONORTE, FINEP, SUDAM, BASA,SEBRAE, entidades de classe ligadas aos setores aço, mineração e bens de capital, entre eles, o IABr, IBRAM, ABIMAQ, ABDIB.
Ítalo Ipojucan incluiu também na lista de convidados dDetentores de tecnologia do Brasil e Exterior, fabricantes de caldeiraria e estruturas metálicas, empreiteiras, empresas de engenharia e gerenciamento de projetos, empresas de logística, e distribuidores de aço, que deverão ser convidados pela Vale e Sinobras.
Com informação da Ascom da ACIM
Karla Maués
11 de outubro de 2011 - 10:45Carissimo Adriano, bom dia, tu dissestes em poucas palavras, tudo que a maioria dos paraenses pensa, só não sabe dizer.
Inclusive o nobre Senador Flexa Ribeiro, em artigo publicado no ultimo domingo de O Liberal fala que: ” aproveitando os debates sobre o Pré-Sal, a bancada paraense está se unindo e também debatendo, a fim de propor as mudanças na tributação , sobre nossas riquesas minerais e produção de energia. Não é mais possivel ficarmos facilitando a vida da Vale, sem que ela cumpra seus compromissos sociais.
Aqui no oeste do Pará, em Altamira o caos está instalado. O crescimento não é sinonimo de desenvolvimento. O principal, que é a preparação da mão de obra qualificada de pessoas da região, pra ocupar cargos na Belo Monte, não esta sendo feito.
É como dizes, caro Adriano, estão se preocupando muito com a Vale e pouco com as pessoas.
Fique em paz!
Adriano
11 de outubro de 2011 - 08:49Engraçado, todo ano é a mesma coisa, discutir o polo metal mecânico para criar empresas de base e aquele lero-lero todo, que todo mundo ja conhece.
O que realmente se deveria debater é esse vetor de desenvolvimento baseado em royalties e na exploração mineral, que nunca desenvolveu economicamente e socialmente o povo do estado. Esse modelo concentrador é que precisa ser revisto. Pois a verdadeira pergunta é: Para quem ele serve? Macaé no Rio de janeiro, tem os piores indicadores sociais do estado, no entanto, o município é abarrotado pelo royalties do petróleo. Vão se discutir a cadeia de indústria e comércio especializado, mas, como sempre não discutir formação educacional e profissional para as pessoas. Vão discutir a necessidade da Vale, mas não a necessidade das pessoas.