Simão Jatene colocará na Casa Civil o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB).

Pode não ser uma boa escolha política.

Afinal, a Casa Civil é de onde saem as operações políticas de governo, o núcleo pelo qual  transita a articulação estatégica das relações governamentais com as forças representativas da sociedade.

Analisando a escolha do ponto de vista de agregação, atualmente Zenaldo não terá condições de trafegar por aí sem encontrar resistências.

Por que?

Radicalmente contrário a criação dos Estados de Tapajós e Carajás, Zenaldo tem assumido posições antipáticas contra o desejo de cerca de quase três milhões de paraenses residentes nas regiões Sul e Oeste do Estado, demonstrando visão fundamentalista de um  processo histórico que reune, em torno dele,  as principais lideranças políticas das duas regiões.

Ainda não avisaram Simão Jatene de que essa escolha trará consequências conflitantes nas relações do operador político do governo com interlocutores arredios a forma como Zenaldo vem se posicionando, publicamente, contrário à tese separatista.

Se o objetivo da escalação de Zenaldo para a Casa Civil é implodir a luta pela criação dos dois estados, podem anotar períodos de forte instabilidade de govenança.

Se não foi, desconfianças e contrariedades  conviverão mesmo assim.

O nome é gerador de crise.

O tempo dirá.

Ademais, há outro aspecto a ser considerado na escolha de Coutinho.

Com uma simples canetada, Simão Jatene trará de volta de Brasília um deputado federal reeleito com 150 mil votos para colocar em seu lugar um suplente que malmente passou de 25 mil: Dudimar Paxiúba (PSDB).

No jogo político representativo, esse diferencial, pra baixo, tem forte ingrediente  de repulsa.

A conferir.