Recebo email de amigo contendo comentários a respeito da postura da Vale em sua relação com os governos federal e estadual. Email têm caráter estritamente pessoal mas o poster decide public-a-lo pela qualidade de seu conteúdo, preservando, logicamente, a identidade do autor.

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A grande imprensa mais uma vez mostrou serviço do lado errado.

E a Vale, mais uma vez, escolheu o lado errado. Com essa iniciativa revela mais uma vez falta de ética nas relações com o público e com parte dos acionistas. Com o Estado do Pará e conosco que aqui vivemos, estamos acostumados , não estranhamos mais.

Mas desse episódio tiro uma lição: a Vale deixou de ser sustentável. Não é sustentável quem não tem ética. Ela é a Enron dos minérios. Um dia ela vai quebrar, não por falta de minério ou de recursos financeiros, mas por falta de ética.

No momento, temos que apoiar a Presidência da República, ainda que por razões táticas, pois não somos ingênuos para não perceber que há interesses eleitorais também na pressão sobre a Vale.

Como havia na lua de mel entre ela e o Governo.
Aqui no Pará, os políticos deveriam ter o cuidado de desprezar a contribuição financeira da Vale para eleições e fazer disso um mote eleitoral. Deveriam recusar ostensivamente qualquer contribuição dela (quando digo dela digo de todas as empresas do grupo). E os que recebessem deveriam ser execrados pelos outros. Acho que seria um bom mote de campanha.