Mas o que vai decidir mesmo, como sempre ocorre em Marabá, são as alianças. Quem reunir a maior quantidade de lideranças. O prefeito Tião Miranda, que vai pilotar dois pacotes de obras ate as eleições, pode acabar tendo uma participação fundamental na eleição. Se apoiar Asdrúbal, este tem grandes chances. Se o deputado do PMDB, ao contrário, sair coligado com o PT, as probabilidades também serão boas. Salame, unido com Ítalo, e se apoiado por Tião Miranda e seu grupo, será um nome forte. Ou o próprio Ítalo, nessa configuração. Podem até receber o PT na coligação (o deputado do PPS tem estreitado suas relações com o governo Ana Julia) caso o PMDB passe a ser alvo principal a ser batido.
No caso do PT e do Maurino, no entanto, não vejo boas chances de ampliação. Principalmente se o candidato do PT for o Luiz Carlos. Pela postura meio raivosa da Bernadete, o que agrega pouco, e o perfil administrativo de Maurino, que gera muitas dúvidas, não enxergo qualquer um dos dois candidatos com possibilidade de ter o apoio de Asdrúbal, Tião Miranda, Ítalo, Salame (apenas este tem falado bem de Maurino, mas não acredito que o apóie) ou qualquer outra força significativa. Ou seja, terão pouca margem para ampliar suas alianças.
Isso tudo, claro, se Tião Miranda não der na telha de lançar um candidato da manga da camisa, o Rogério, por exemplo, caso se sinta fortalecido. Resumindo: pela primeira pesquisa, está tudo embolado. Mas que Maurino mostrou ter a força que se comentava e que o deputado do PPS surpreendeu, é inegável.