Ao post A primeira Mestra, ninguém esquece, Adelina Braglia apensa comentário que repercutimos a seguir:

Caro Hiroshi,

Ontem, ao passar pelo Flanar, tomei um susto com o post do Francisco, que remetia a este seu. E eu, que sempre tenho a língua afiada – no caso, o teclado..rsrs…- não consegui responder.

Vim aqui agora pela manhã e li direto na fonte, comovida, o que havia lido lá. Li também os comentários. E agradeço o carinho de vocês. Agora, refeita do susto e após uma noite onde memórias e reflexões se cruzaram, já posso comentar.

Primeiro, essa história fica engraçada se lembrarmos uma “tirada” do Tancredo, que para um afoito que queria ser nomeado para alguma coisa lhe disse “Governador, disseram que o senhor vai me nomear secretário”, ele respondeu: “Diga que eu o convidei e que você recusou!”…rsrsrs…

A história é boa e mesmo não sendo o nosso caso – não pensei em ser nomeada e Maurino e eu, em que pese nossa antiga amizade, não nos falamos há cerca de dois anos – serve para descomprimir o Maurino e seus apoiadores de qualquer pressão…rsrsrs…

Mas, o que me sinto na obrigação de dizer é que não recusaria nenhum apoio ao Maurino, mas que esse apoio não se configura num cargo que, certamente, Maurino, a cidade e a sociedade local têm como preencher. Não nego minha alegria. Mas isso não é mérito. O mérito é exclusivamente do novo Prefeito, da sua convicção e daqueles que acreditaram nele. Meu é apenas o gosto doce na boca de ver florescer o que nuca deixei de acreditar: Marabá tem jeito!

Dos quinze anos passados aí, não me arrependo de um só dia. Isso, porém, não me dá nenhum direito de estagnar Marabá nos meus desejos. Hoje os marabaenses e suas lideranças têm condições objetivas muito melhores do que as minhas de apontar caminhos novos para corrigir velhos problemas.

Torço muito por Marabá, por todos vocês e por Maurino. E quando, há umas semanas, seguindo minha velha mania de escrever sobre o que sinto comentava no Quinta sobre a eleição em Marabá e manifestei minha torcida por Maurino, o fiz com a mesma emoção com que escrevo aqui agora: revejo o olhar do meu aluno, solidário, inteligente, ávido pelo conhecimento – e só fui professora mesmo é de História por um único ano na escola de Morada Nova…rsrsrs…- e que seguiu seu próprio talento de ter sempre compaixão pelo sofrimento do outro.

Fico feliz por vocês. E por mim também. E agradeço muito seu carinho.

Um forte abraço.