O crime organizado já está instalado em Marabá, espalhando cocaína e todo tipo de droga nos bairros da cidade.


Temos os nossos chefões de facções, seguindo os padrões do morro do Rio de Janeiro.

Chefões lutando entre eles para abocanhar o maior território possível para a comercialização do tráfico.

Um deles, bastante conhecido nos meios policiais, chama-se Flávio, que começou dominando a distribuição de cocaína no bairro da Independência, onde ele reside.

Em pouco tempo, matando um chefão aqui e outro ali, passou a ser o poderoso não apenas da Independência, mas da Liberdade, Laranjeiras e outros bairros do entorno.

No Rio, tem “Robocop do Borel”, “Leando Pitbul da Mangueira”, “Fu do Morro da Mineira”, etc.

Com a chegada do progresso, Marabá ganhou Flávio da Independencia” , e outros chefões não menos atrevidos.

Dia desses, quatro militares da PM, comandados pelo Cabo `Baratinho`, numa batida casual, acabaram colocando as mãos em “Flávio da Independência”. Junto com ele, o flagrante de 96 montinhos de cocaína.

Ato contínuo à prisão, o criminoso colocou a mão no celular e fez chegar ao local do flagrante seu advogado. Afinal, todo chefão tem advogado de plantão para socorrê-los em momentos indesejáveis.

Nem bem chegou o moço com carteira da OAB não se fez de rogado: ofereceu R$ 10 mil para os quatro militares liberar Flávio.

“ Baratinho”, exemplar e cônscio de que poderia fazer a diferença entre tantos desiguais dentro da instituição, rejeitou a proposta, ameaçando, inclusive, prender o advogado.

Em poucos minutos, Flávio foi entregue na Seccional de Polícia Civil, para que o delegado Reinaldo Marques Junior lavrasse o flagrante para encaminhamento do criminoso, dia seguinte, à Penitenciária Mariano Antunes, enquanto aguardaria formatação do inquérito.

Não durou 24 horas.

Cabo Baratinho, estupefato ficou, pensou até em largar a profissão, ao tomar conhecimento de que “ Flávio da Independência” estava livre para continuar espalhando o terror na cidade, e ampliando seus negócios rentáveis na venda de droga.

O tititi, nos meios policiais, correu rama.

A libertação de “ Flávio” indignou muitas cabeças das forças de segurança de Marabá.

Comentava-se que o Diretor de Polícia do Interior, Miguel Cunha, ao tomar conhecimento da questão, teria mandado afastar Reinaldo de suas funções, com determinação de abertura de inquérito administrativo.

Somente esta tarde, o pôster localizou Miguel Cunha, que se encontrava viajando pelo interior.

Ele confirmou a história agora relatada.

Ao ser perguntado da possibilidade do delegado Reinaldo Marques ter sido corrompido para libertar “ Flávio da Independência”, limitou-se a dizer: – “Há fumaça nessa história”.

Em outras palavras, admitiu a possibilidade do policial civil ter aceitado o que o cabo da PM rejeitara com firmeza: R$ 10 mil.

É inaceitável quando grande parte da polícia, tanto civil quanto militar, está empenhada em combater o crime organizado, e deparamos, em nosso meio, com situações dessa natureza (a suspeita de corrupção).

Miguel Cunha disse que não pode, ainda, afirmar a prática de crime por parte do delegado, enquanto não concluir as investigações, sob o comando da Corregedoria, imediatamente acionada.

Mas, bem claro para a sociedade, é a certeza de que Flávio foi solto, depois de tocaiado com quase cem papelotes de cocaína.

Libertado para continuar matando e espalhando drogas entre os jovens de Marabá.

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Atualização às 10:54 (15/08/09)

 

O pôster fez três tentativas em vão para ouvir o delegado Reinaldo Marques a respeito das denúncias. Em dois telefonemas dirigidos diretamente à Superintendência Regional, pessoas diferentes atenderam às chamadas informando que o policial não se encontrava – e nem forneceram o número de seu celular, alegando que não tinham autorização para revelar o número, mesmo sendo informados do que se tratava.

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Atualização às 3:12 ((16 agosto/09)

Comentarista anônimo das 2:54 envia mais informação a respeito do caso relatado:

 

Hiroshi.
A História não é bem assim. Se você apurar melhor as informações verá que a prisão de FLAVIO “OLHO DE GATO” se deu durante uma abordagem policial em que houve uma refrega entre bandidos e a polícia. Ocasião em que o referido meliante foi alvejado na perna por projétil de arma de fogo tipo pistola .40, lesão está que causa concerteza um grande estrago. Não sobrando aternativa o meliante fora socorrido por uma ambulância do SAMU sendo encaminhado para o Hospital Municipal e posteriormente transferido para Hospital Regional. A Autoridade Policial plantonista, de ofício após lhe apresentada droga e arma de fogo apreendida em poder do marginal, empreendeu diligência até hospital onde o referido se encontrava onde fora informado FLÁVIO “OLHO DE GATO” estava sendo submetido a uma intervensão cirurgica de grande porte sendo necessário coloca-lo de coma induzido. Diante dos fatos, não restou nada a fazer para Autoridade Policial a não ser Instaurar o Inquérito Policial de nº 184/2009006956-9, dando início a tomada de termo dos miliciano que estavam na ocorrência retromencionada e de imediato fora solicitado o pedido de prisão prenvetiva do nacional FLAVIO PEREIRA DE OLIVEIRA, à justiça, uma vez que no ordenamento jurídico brasileiro, para se lavrar um Auto de Prisão em Flagrante é necessário ser tomado interrogatório do indiciado o qual deverá assinar um documento chamado nota de culpa no prazo de até 24 horas e no final ser comunicado a justiça.
Você que é um jornalista que admiro pelo seu profissionalismo, poderá apurar mais a informação, seguindo a regra básica de um bom jornalismo, que é ouvir as duas partes, se não deveremos voltar aos anos duros da ditadura, onde a impressa marrom imperava.
O nacional Flávio ainda se encontra internado no Hospital Regional. Por isso ajude a pressionar o Judiciário local no sentido de decretar a preventiva deste meliante.
Obrigado.

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Atualização às 18:20 ( 16 agosto/09)

Advogado João Costa comenta texto do anônimo das 2:54, contestando teor do comentário, trazido à ribalta logo acima:

 

Hiroshy,
O Bandido, pode sim, ser Autuado em Flagrante Delito, mesmo, estando internado em Hospital, basta a Autoridade Policial, consignarno Auto do Flagrante, a situação. Basta perguntar a qualquer Delegado de Policia de Belém, local onde diariamente bandidos são feridos em troca de tiros com a Policia, e são normalmente Autuados em Flagrante Delito, mantidos pelos Juizes. Senão , seria muito fácil para os Bandidos, que praticariam crimes, e depois correriam para Hospitais ou Clinicas, para evitar que fossem autuados em Flagrante Delito, e ficassem livres e soltos. isso não existe. Deve ter ocorrido, coisa errada, em relação a Prisão do Traficante Flávio.
João Costa.
Advogado.