O Estadão está dosando a publicação das memórias de Sebastião Curió. Estrategicamente deve ter optado em publicar as revelações do ex-agente do SNI de acordo com a repercussão de cada tema. À indicação de que o número de guerrilheiros amarrados e executados covardemente, quando não ofereciam risco às tropas, é de 41 e não 25 casos como defendia até hoje o Exército, o clima ferveu no Congresso Nacional e entre familiares de vítimas da ditadura. Quanto mais repercussão, mais o jornal paulista venderá.
Hoje, o jornal priorizou um dos locais apontados por Curó como ponto de matança: a Clareira do Cabo Rosa.
Lá em Brejo Grande, há três anos quando passamos a gravar depoimento de camponeses vítimas da guerrilha, conversando com moradores antigos, o blogger ouviu de duas pessoas a revelação dessa clareira. O local é tido como área perigosa para se andar “por causa das visagens que aparecem”.
Sobre a Casa Azul, localizada em Marabá onde hoje funciona a sede do DNIT, o poster tem cinco depoimentos de vítimas do terror daquela época, falando horrores de como funcionava o aparelho de torturas do SNI, às margens do rio Itacaiúnas.
A partir de domingo, alguns desses depoimentos passarão a ser transcitos aqui no blog.