Outro detalhe interessante é que, no depoimento ao promotor Paulo Godinho, em 23 de outubro, Cardias também falou sobre um suposto envolvimento dos Novelino com a pistolagem, roubo de carros e adulteração de combustíveis.
Além disso, é preciso juntar a esses ingredientes as relações que Chico Ferreira possuía com uma certa igreja evangélica. E o fato de que teria até inaugurado um “templo” desses, em Belém, conforme uma fonte da Service Brasil – e algumas denominações religiosas, como se sabe, dão excelentes “lavanderias” financeiras.
Quer dizer, só a pontinha do véu já permite vislumbrar um leque de crimes: financiamento ilegal de campanhas eleitorais, por gente ligada a fraudes licitatórias e previdenciárias, que mantinha excelentes relações com suspeitos de pistolagem, roubo de carros e adulteração de combustíveis e com banquinha de jogo do bicho ligada a um dos maiores grupos paraenses do setor. Tudo temperado pelo possível “branqueamento” em nome de Deus…

Quatro parágrafos acima compõem texto da jornalista Ana Célia Pinheiro, analisando as implicações do “Caso Novelino”. Com a autoridade de quem investiga os crimes desde sua consecução, Ana se posiciona sempre à frente dos demais, seguindo pegadas e indo às entranhas do submundo. Querendo respostas a diversas indagações. Principalmente, à inquietante pergunta por ela mesmo formulada ao final de seu post, no blog Perereca da Vizinha: que monstro, afinal, se oculta debaixo desse véu?