Como foi o poster o autor, há mais de cinco meses, de notas denunciando a campanha que o prefeito de Paragominas, Adnam Demachki, patrocina contra a SINOBRÁS, somos obrigados a esmiuçar esclarecimentos.

Aos fatos:

1- Paragominas é o município paraense que mais causou danos ambientais ao Estado, nos últimos 40 anos. Desmatamento patrocinado pela atividade madeireira, tendo à frente uma geração de ambiciosos e selvagens pedradores representados por Sidney Rosa e seus paus mandados.

2- Apegado à propaganda mentirosa de instituição de um programa municipal fantasiosamente denominado “Desmatamento Zero” e da contratação de consultoria destinada a realizar suposto “monitoramento das atividades florestais com repercussão na floresta”- o prefeito de Paragominas não consegue esconder a sujeira existente em seu território e nem dissimular ampla situação ambientalmente desfavorável.

3- Esta semana mesmo, nos programas Fantástico e Bom dia, Brasil – de segunda-feira -, da Rede Globo, o município foi citado como um dos ícones da destruição de nossas florestas.

4- Culturalmente formado na escola engole-árvores de Sidney Rosa, tanto que foi preparado para sucedê-lo na prefeitura com a missão de reservar espaços e poder, construídos impunemente na Era Almir Gabriel, o atual prefeito de Paragominas Adnam Demachki (PSDB), tem lutado nos últimos meses para descolar a péssima imagem de seu município desmatador, tentando transferir o barulho das motosserras de seus agentes para o município de Marabá, mais precisamente para dentro da SINOBRÁS, siderúrgica que produz aço acabado e que, em apenas três anos de atividade no Distrito Industrial de Marabá, já plantou 14 mil hectares em doze fazendas localizadas no Estado do Tocantins.

Campanha programada

1- Em duas investidas públicas, no inicio do ano e agora em setembro, Adnam Sidney Rosa Demachki, apontou suas armas contra a Sinobrás –exatamente a primeira siderúrgica integrada edificada na região Norte do país – responsabilizando-a por prática de crime ambiental.

2- Desta vez, apoiado pela militância ambiental de Paragominas (Câmara Municipal, Sindicato do Comércio e Sindicato Rural de Paragominas), Adnam apresentou ao Ministério Publico local Notícia Crime Contra o Meio Ambiente, baseada na prisão de um motorista, Adalécio Silva de Souza, “que conduzia 61m3 de carvão vegetal de origem ilícita e sem guia para o transporte”; e no depoimento de outro motorista, João Silva dos Santos.

Justificando a denúncia, diz o prefeito:

–  “Fato que chamou a atenção foi a declaração do condutor do veículo informando que o carvão vegetal era destinado a empresa siderúrgica SINOBRÁS – Siderurgia Norte do Brasil S.A, localizada em Marabá.”

3- Simultaneamente à denúncia formulada ao MP, Adnam Sidney Rosa Demachki, enviou carta ao ministro do meio Ambiente, Carlos Minc, contando a mesma história, tonificando-se com a entrevista do motorista feita por uma televisão provavelmente dessas abençoadas pelos compensadores contratos publicitários de prefeitura municipais.

4- A preocupação de Adnam é direcionar, inequivocamente, as acusações à SINOBRÁS, sem que haja qualquer indício de identificação da siderúrgica marabaense como infratora das leis ambientais.

Pressão de colchete 1

1- Assistindo a entrevista do motorista entregue ao Ministério Público, foram feito três perguntas a ele, e respondidas monossilabicamente. À indagação para onde estaria levando o produto apreendido, João Silva dos Santos cita o nome de outra guseira.

2- O mesmo João dos Santos da entrevista, em depoimento por escrito à defesa que a siderúrgica preparou, sob forma de Escritura Pública de Declaração, lavrada no Cartório do 1º Oficio de Marabá, diz o seguinte:

Referente a reportagem que foi ao ar dia 2 de setembro, onde fui abordado pelas Polícia Civil, secretaria municipal de Meio Ambiente e imprensa de Paragominas, conduzindo o veículo de placa NHI9548 (a qual não confere com a imagem das filmagens, sendo que na imagem aparece é a placa de um caminhão quebrado às margens da vicinal), onde realizo fretes para várias empresas no Pará e Maranhão; o qual não me exigiram quaisquer documentações, ou seja, CNH e documento do veículo; foi-me perguntado para quais empresas trabalho e respondi como sendo Sidepar, Cosipar, Sinobrás, Sidenorte, Viena, Fergumar, Pindaré e Ferro Gusa Carajás

Mais adiante:

                –

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“Após a reportagem fui liberado, sem dar depoimento e sem apreensão da carga e veículo. Dirigi-me a Ulianópolis e ao chegar fui informado que a carga que transportava era destinada a uma siderúrgica de Marabá, que por questão de segurança não citarei o nome, mas que não era a Sinobrás”.

Resumindo:

Até então única sustentação às acusações contra a siderúrgica, a carga não era destinada a SINOBRÁS.

3- O motora não prestou depoimento formal, não houve autuação ou apreensão da carga ou do veiculo, restando para João dos Santos seguir o curso de sua viagem até o destino, sem nenhuma anormalidade.

Pressão de colchete 2

1- No caso do segundo motorista abordado pela fiscalização da prefeitura de Paragominas (a credibilidade da denúncia do Adnam Sidney Rosa Demachki baseia-se em fiscalização de seus empregados!!!), Adalécio Silva de Souza, este moço não aparece nas imagens da operação de apreensão de seu caminhão. Apenas no Auto de Infração, consta que o motorista informara o destino da carga como sendo Sinobrás sem, todavia, apresentar qualquer comprovação.

No depoimento formalizado em Escritura Pública de Declaração, Adalécio é taxativo:

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“Fui abordado pela secretaria de Meio Ambiente de Paragominas, dia 2 de setembro, no Km 20 da estrada Coaxi por volta das 21 horas, sendo que os policiais estavam fortemente armados; fui questionado sobre para quais empresas já transportei carvão, sendo que respondi o nome de diversas siderurgias; (…) após vários questionamentos me apresentaram um termo para assinar e me informaram que o veículo seria multado em R$ 24.400,00; devido a abordagem armada da polícia e ao nervosismo, assinei o termo sem ler, sendo que recentemente tomei conhecimento de que se tratava de uma apreensão e depósito e lá constava que o carvão por mim transportado se destinava à SINOBRÁS, porém não declarei em nenhum momento que o carvão era da SINOBRÁS, sendo que o destino do carvão era uma outra siderúrgica de Marabá que não a SINOBRÁS”.

Finalizando, Adalécio:

          –

“Já cheguei a transportar carvão para a SINOBRÁS por três vezes o qual era oriundo da empresa RL de Rondon do Pará e que em todas essas vezes a carga foi devidamente acompanhada de nota fiscal e guia florestal, tendo o carvão saído diretamente da RL para a SINOBRÁS, sem intermediação de terceiros”.

Decisão do Ministério Público

1- Diante da fragilidade dos fundamentos que nortearam as acusações de Adnam Sidney Rosa Demachki, a promotora de Justiça de Paragominas, Brenda Correa Lima, a quem foi enviada a Notícia-Crime, atestou “não existirem elementos concretos ou indícios de prova de crime praticado pela SINOBRÁS”, remetendo a questão à promotoria de Justiça de Marabá, “afim de que investigue a suposta prática de crime ambiental”.

Ambiente sodomizado

1- Observem que a preocupação de Adnam Sidney Rosa Demachki, mesmo diante da citação dos motoristas de que transportavam cargas para diversas siderúrgicas, é direcionar a denúncia contra a SINOBRÁS.

2- Muito antes de existir a SINOBRÁS, no município de Paragominas já havia um maior numero de carvoarias do Estado, cuja produção sempre foi consumida em larga escala pelas usinas de gusa localizadas em Açailândia, no Maranhão – estado onde as leis ambientais são desrespeitadas pelo estímulo que os governos locais dão a quem produz insumos às usinas poluidoras

3- Se Adnam Sidney Rosa Demachki estivesse mesmo preocupado com o seu “Desmatamento Zero”, diariamente poderia ter à porta da prefeitura quantidade inestimável de caminhões carregados de carvão produzido no território paragominense cujo destino, em escala industrial, são as usinas de gusa do Maranhão.

4- Nunca se viu esse caraíba indo à TV – como foi denunciar a SINOBRAS -, citar nominalmente as empresas maranhenses ou algumas guseiras de Marabá estimuladores de derrubada de matas. O foco dele é a SINOBRÁS.

Autossustentabilidade provada

1- Verticalizada pela SINOBRÁS a cadeia produtiva do aço no Pará -, aciaria, laminação, trefila – , transformando-se na primeira siderúrgica integrada de aço do Norte do país, o ferro gusa é apenas um produto intermediário da cadeia produtiva da SINOBRÁS, ao contrário das demais empresas do Distrito Industrial de Marabá que o tem como produto final.

2- Como possui dois altos fornos de ferro gusa, a empresa tem capacidade para produzir muito além do necessário ao seu consumo na aciaria, podendo destinar também esse produto ao mercado em maior escala. No entanto, a SINOBRÁS mantém apenas um dos altos fornos em operação devido à carência de suprimento de carvão vegetal por fornecedores que se adéqüem aos seus conceitos de atuação: economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa.

3- Atualmente, o suprimento de carvão da SINOBRÁS é garantido por duas fontes: fornecedores selecionados e produção própria baseada em madeira de reflorestamento.

4- A SINOBRÁS, nem bem adquiriu a antiga SIMARA, três anos atrás, começou a implantar seu projeto de reflorestamento em doze fazendas, cuja produção própria já começou a ser utilizada.

5- Ao contrário da COSIPAR, instalada há mais de vinte anos no DI de Marabá, que nunca conseguiu provar ter um projeto de reflorestamento similar. Para justificar seu desprezo com o meio ambiente, essa usina fica utilizando argumento de que uma fazenda adquirida há mais de 15 anos está invadida por sem-terras e que, por isso, não avançou no setor de reflorestamento.

6- No que se refere ao abastecimento de carvão vegetal, é possível atestar – e provar – que toda aquisição de carvão vegetal pela SINOBRÁS ocorre de acordo com as disposições da legislação ambiental, somente se adquirindo carvão vegetal munido de nota fiscal (chancelados pelos postos fiscais da SEFA) e Guia Florestal ou Documento de Origem Florestal.

7- Essa norma é tão respeitada que os produtores de carvão clandestino sabem que não há nenhuma chance de vender o produto à usina de aço sem aqueles requisitos.

Jogo sujo

O que estaria por trás do jogo sujo de Adnam e seus prepostos?

Algumas suspeitas.

1- Primeiro, interesses econômicos engessados desde quando a SINOBRÁS passou a produzir aço, invertendo o caminho da comercialização do ferro industrial sentido Norte-Sudeste. Essa suspeita tem fortes defensores sabendo-se que ninguém do mercado de aço é santo. Há satanás demais pra oratório de menos.

Os grandes consumidores de ferro do país passaram a ter mais uma siderúrgica fabricando produtos acabados, como o vergalhão; e semi-acabados como o fio-máquina para a construção civil. Hoje, os produtos da SINOBRÁS são comercializados em todos os estados brasileiros. Gerdau, Usiminas, CSN, etc., com a chegada da SINOBRÁS, passaram a perder fatias do mercado.

2- Adnam Sidney Rosa Demachki estariam por trás disso? Ninguém pode provar, mas os passos da turma dele são suspeitos.

Quando se sabe que a patente superior Sidney Rosa, a quem Adnam devota servidão, integra a diretoria da Federação das Indústrias do Pará, ao lado de Luiz Carlos Monteiro, versões passíveis de todo tipo de formatação sobrevivem. Inclusive esta.

Dono do Grupo Cosipar, Luiz Carlos Monteiro, apesar de manter as aparências, sempre resfolega por não ter conseguido ainda formatar um projeto se siderurgia próprio, apesar de estar completando Bodas de Prata no ramo e ensaiar um monte de projetos para Marabá e Barcarena.

À boca pequena, em Belém, há mais de dois anos, fala-se em conversas de Sidney Rosa e Luiz Carlos Monteiro tentando amarrar parcerias na área de siderurgia, fato nunca concretizado até agora.

3- Outra fator de origem econômica a encher de gás a campanha de Adnam Sidney Rosa Demachki contra a Sinobrás e o Distrito Industrial de Marabá, seria o deslocamento de investidores em potenciais para o Sudeste, atraídos pela Sinobrás e ALPA, esvaziando os sonhos megalomaníacos da “Capitania  Rosa Demachki”.

4- Outra motivação seria política, versão para a qual o poster deposita nenhuma crença.

O cardápio de maldades passa mesmo pela ambição empresarial.

Nada mais do que isto.

Empresa Cidadã

Como os portadores de DAS da gestão Adnam Demachki já estão imputando interesses pessoais do poster na defesa que faz da SINOBRÁS, alguns esclarecimentos:

1- Deixamos claro considerar a SINOBRÁS exemplo de empresa cidadã e que se instalou em Marabá para quebrar paradigmas do setor minerário regional ao verticalizar a cadeia produtiva do minério de ferro, trazendo novas expectativas, mostrando que é possível fazer crescimento/desenvolvimento por meios em que empresa e comunidade atuam juntas.

2- Nós defendemos a SINOBRÁS porque ela é tocada por gente séria, pessoas honestas e que acreditam e praticam responsabilidade ambiental como uma oportunidade de inovação.

3- Ao contrário de muitos picaretas a infestar o Distrito Industrial de Marabá, preocupados apenas em enriquecer às custas de um passivo ambiental sem precedente – idêntico ao praticado em Paragominas pela turma de Adnam Sidney Rosa Demachki -, os executivos da SINOBRÁS navegam por outras paragens – sadia e humanamente comprovada por todos aqueles que ali trabalham ou trafegam.