Recebo de Arnaldo Silva, seguinte e-mail:

O Sebrae de Marabá órgão oficial poderia muito bem dar sua parcela de ajuda ao governo de Ana Júlia, promovendo o desenvolvimento regional, poderia. No Sebrae de cá a turma de tucanos é bem antiga. Qual o trabalho prestado por este grupo? É silencioso. Pouco se vê o que essa turma faz. E faz para quem? O município que pretende se desenvolver não pode prescindir de uma estrutura como a do Sebrae. Só para constar, este poderia, digo poderia, impulsionar o turismo regional.

O Departamento de Turismo criado recentemente dificilmente conseguirá dar mostras de seu trabalho. Mesmo com a criação de um fórum eles dependerão de recursos e este, aliás, não é o forte do atual prefeito, a liberação de recursos. Não se investe em uma identidade cultural. As praças que são inauguradas todos os meses, a cara de uma é a cara da outra e são pontos de insegurança que a polícia não tem ainda como ofertar seus trabalhos, por possuir pouco contingente. Diga-se de passagem, que segurança e turismo ainda não são políticas públicas consistentes.

A continuar com o expressivo trabalho dos agentes de trânsito, do DMTU, não demorará muito e teremos receita para fazer desta cidade uma potência econômica. Fontes do DMTU confirmam que existe uma meta de 4.800 multas mensais. É muito dinheiro. A coisa é tão interessante que há dias em que há 4 ou 6 agentes em locais estratégicos em área de pouco mais de 200 metros (escondidos), de preferência aonde o sinal de trânsito não funciona regularmente.

Diferente do proposto pela governadora da criação das secretarias de desenvolvimento regionais, agora ficou o silêncio. Uma novidade na política estadual, uma forma de ver e agir dos órgãos públicos parece que ficou apenas na campanha. Políticos de peso poderiam muito bem trazer esses “olhos” para os problemas de uma região rica e pobre ao mesmo tempo.

Ao mesmo tempo em que valoriza a região, a indicação de políticos ao governo do estado pode ser uma faca de dois gumes aos escolhidos. Muitos políticos desaparecem e sequer e depois nem botam os pés na região. Que fique o alerta para nossos representantes não ficarem aprisionados em seus gabinetes. A região vai cobrar a fatura depois.

Sobre os recursos mensais do DMTU uma pergunta: para onde vai toda a dinheirama se a cidade pouco tem de sinalização? A destinação correta seria, em grande parte, para sinalização e a realização de campanhas presenciais a fim de educar o povo para o trânsito. O contraste entre a riqueza desse órgão é que nem os semáforos funcionam regularmente? Quem vai responder?

A escolha da atual diretoria da ACIM parece que não foi uma das melhores. Sua única atuação foi uma visita à governadora eleita, Ana Júlia, para defender os interesses dos industriais do setor siderúrgico, em crise. Mas, se esqueceu do comércio. Faltou denunciar pelo menos os altos impostos que devoram o já parco faturamento, sem esquecer a não realização da Feira do Comércio, que já foi uma tradição e ainda mais, uma decoração alusiva ao Natal capaz de revigorar o comércio. Tá devendo.

A sociedade marabaense de um modo geral, bem que poderia discutir e aprovar uma pauta mínima, que seja, em prol do desenvolvimento regional. Precisamos de investimentos na educação, na saúde, de investimentos externos, de indústrias e etc. É preciso encontrar também uma forma de promover o turismo regional. Ficar calado é uma demonstração de que está tudo muito bem. E isso não é verdade.

Arnaldo Silva