Cláudio Pinheiro Filho, comentando post A Cabanagem de nossos tempos:
Os Governates paraenses são os mesmos há décadas. Nada, absolutamente nada, mudou nessa região. Acreditar que daqui por diante algo mudará, é gostar de ser trouxa. Os políticos não são ruins apenas do lado de cá, se fosse assim, o Pará não teria um piores índices de desenvolvimento do País. Olha que lá se vão 400 anos, hein! Em relação aos cabides de empregros, fico feliz pelos que se mostram contrários e se indignam com esse tipo de falcatrua. A Alepa está lotada de casos de “armários” lacrados, cheios de documentos fraudulentos, mas, os políticos da capital não formalizam a abertura da CPI, passam a mão em seus semelhantes. Desvio de verba, funcionário fantasma, malversação de dinheiro público, isso é rotina no Poder Público paraense. Não existe Estado mágico, mas , Estado respeitável para o povo que o habita. Carajás! Sim!
Hudson Jr
17 de junho de 2011 - 00:17Eu não entendo o que desejam os contrários a divisão que usam o argumento de “cabides de empregos”, pois se o Estado continuar do jeito que tá os “cabides de empregos” continuarão lá em Belém se apropriando do dinheiro do povo e o povo aqui do Sul/Sudeste do Pará se contentando com obras do governo federal, pois do estado não tem nada.
Então amigos, é muito melhor os “cabides de empregos” serem nossos conhecidos aqui de região pois pelo menos teremos acesso a eles na hora de cobrar!
Que tal você que é contrário pegar um carro sair de Belém e ir pra Salinas agora e depois pegar esse mesmo carro e sair de Belém a Marabá e faça um comparativo.
Pros riquinhos de Belém irem curtir as férias no Sal há rodovias asfaltadas, agora pros trabalhadores transportarem o que movimenta esse Estado só buraco!
Anônimo
16 de junho de 2011 - 15:40Este novo estado de Carajás já nasce muito importante com este nível de discussão.Quem vai levar a macacheira???? Parece o Chacrinha :Quem quer bacalhau???Estes comentaristas estão escorregando nas teses emocionais sem conhecimento profundo do tema.Prá mim vai aumentar o numero de cargos que já estão sendo loteados entre os políticos de plantão.Dizem que o Pará vai se livrar da acusação internacional de desrespeito aos direitos pela morte de muitas pessoas nas duas regiões a se emanciparem.Ambas as assertivas são desprovidas de propostas para os problemas de emancipados e não emancipados.o poder ficará na mão dos mesmos.
Gregório de Matos
15 de junho de 2011 - 11:46O anônimo de 8:11, tem toda razão. A ortografia da macaxeira que o Gregório escreveu é com “X” e, significa manihot utilissima, também conhecida como aipim ou mandioca, assim, a macacheira dele se encontra (+ ou – ), depois da boca-do-inferno. Uma áre de aprox. 50 mil ha, vai além de 8Km. Vejo que o cidadão nem sabe onde está.
Boca-do-inferno
ANONIMO
15 de junho de 2011 - 08:11O Gregório ,comentarista de 14/6 às 14:02,está chutando ou muito mal informado,o Castanhal Macacheira não é hoje e nem nunca será o município de Eldorado,e sim o assentamento 17 de Abril, à +ou- oito quilometros de Eldorado,eu trabalho em Eldorado à 15 anos e sei o que estou falando. Tem que estudar geografia e história,senão cresce as orelhas.
Anônimo
14 de junho de 2011 - 21:53Prefiro continuar acreditando na sabedoria popular. Essa história de que criando novos municípios e estados vai gastar mais dinheiro para manter a estrutura administrativa, que vai sustentar políticos corruptos e etc, não justifica. Criar mais estruturas administrativas que facilita o acesso do povo para solucionar demandas do dia-a-dia, significa mais investimentos para atender melhor o povo. Não conheço nenhum estado ou município que tenha se emancipado que tenha ficado pior a situação daquela comunidade e/ou unidade territorial. pelo contrário.
abçs.
Alberto Lima
14 de junho de 2011 - 18:34Hehe! Soh falta o comentarista dizer que nao ha politicos na ALEPA pilantra do Sul do Para.
Tem e muitos! Por sinal sao exatamente os estripadores da divisao do estado!
Pensam que agente eh besta!..haha!
Gregório de Matos Guerra
14 de junho de 2011 - 14:02Muito coisa mudou sim, e como mudou. O problema é que foi para PIOR. Lembro que nessa época, não existia o município chamado de Parauopebas (nome em homenagem a certa cidade mineira), desmembrado de Marabá que, somado a muitos outros, só aumentaram os problemas sócio-ambientais.
Cada dia chega mais e mais gente de todas as partes e de todas as formações, seja para trabalhar, invadir propriedades privadas ou ocupar cargos públicos comissionados, sem necessidade de concurso público, fingindo que defendem a criação do Estado, quando, na verdade, defendem a manutenção do Sistema.
Um sistema perverso que a história registra por centenas de décadas. Não data de 400 anos, mas desde que Cabral aqui aportou. É ipsis literis: “Desvio de verba, funcionário fantasma, malversação de dinheiro público, isso é rotina no Poder Público paraense. Não existe Estado mágico, mas Estado respeitável para o povo que o habita. Carajás! Sim!”
Essa realidade nua e crua não vai mudar, pelo menos para o povão. “Eu já passei por tudo nessa vida e, em matéria de guarida, espero ainda a minha vez”. Confesso que sou de origem indígena, mas dinheiro eu quero mais, foi assim que deus me fez.
Já perdi muitas coisas nessa vida mas, de uma coisa tenho certeza: a memória e o raciocínio lógico, NÃO.
Lembro dos castanhais e de mais de 400 mil hectolitros de castanha exportados por safra, de Marabá para o mundo, dos grandes castanhais de mais de 50 mil hectares, dos pentas e barcos-motores que singravam os rios itacaiúnas e Tocantins. Lembro da juventude que viajava de ônibus (atolava até o teto) na PA-70, para estudar em Belém (90% dos estudantes). Alguns não quiseram estudar, não por falta de escolas ou dinheiro ou da hospitalidade de Belém.
Lembro do Colégio Sta.Terezinha, recentemente invadido, do casal de extrativista mortos em Ipixuna. Lembro do castanhal e da fazenda macaxeira, hoje transformado em cidade Eldorado dos Carajás.
Não me lembro do que nos diz Bramatti: “constata que Marabá “recebe cerca de 250 novos moradores por dia” e aspeia a sentença do delegado Alberto Teixeira, superintendente da Polícia Civil no sudeste do Pará: “Não há empregos para todas essas pessoas. Quem acolhe os jovens é o tráfico.” (extraído do blog quaradouro, 14/06/11).
Concluo que se tudo mudou e o povo está ainda pior, os municípios desmembrados em nada diferem do desmembramento do estado, a não ser na formalidade, o Sistema é o mesmo; assim, do que precisamos mesmo é mudar o SISTEMA, do qual o povo não participa e, para o qual, é a única solução, fazendo valer a sua vontade.
Gregório de Matos Guerra
(“O Boca-do-inferno”)