“A dor embarga rotundamente nossos corações e invade de luto nosso pensamento. Foram horas lamentáveis em estamos consternados com uma notícia que nunca queríamos ter ouvido. O acidente de nossos irmãos do futebol da Chapecoense nos marcará pela vida e desde já deixará uma marca inapagável no futebol latino-americano e mundial. Tudo isso foi completamente inesperado, por isso a dor. Tratavam-se todos eles, jogadores, corpo técnico, jornalistas e tripulação, de pessoas com muitos sonhos, por isso o choro.

 A lamentação mundial foi também estendida a toda a família Verdolaga, a quem, desde seus patrocinadores, diretores, corpo técnico, jogadores, administração e torcida, manifestou tristeza e desespero pelo absurdo. A solidariedade não se fez esperar e de nossa parte acompanhamos de forma rotunda o sofrimento de todos os irmãos que nos abandonaram quem junto a seus familiares e nós, compartilhamos um grande sonho de ser campeões continentais da Sul-Americana.

 Depois de estar muito preocupado pela parte humana, pensamos no aspecto competitivo e queremos publicar esse comunicado no qual o Atlético Nacional pede para a Conmebol que o título da Copa Sul-Americana seja entregue à Associação Chapecoense de Futebol como louro honorário pela sua grande perda e em homenagem póstuma às vítimas do fatal acidente que deixa o nosso esporte de luto. De nossa parte, e para sempre, Chapecoense campeã da Copa Sul-Americana 2016″.

Estado em que ficou o avvião que levava delegação da Chapecoense
Estado em que ficou o avvião que levava delegação da Chapecoense

Declaração acima é da diretoria do Atlético Nacional, adversário da Chapecoense na final da Copa Sul-Americana  que seria disputada nesta quarta-feira, 30, em Medellín (Colômbia), solicitando à Conmebol a entrega do título da competição ao clube de Santa Catarina, cuja delegação foi vitimada de acidente aéreo nas proximidades do aeroporto colombiano.

O pedido da diretoria do Atlético deverá ser aceiro pelo órgão de gerencia o futebol no continente.

A atitude dos dirigentes colombianos está sendo elogiado em todo o mundo.

O avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, caiu na madrugada desta terça-feira (29) a poucos quilômetros da cidade colombiana.

Um comunicado da Aeronáutica do país informa que 72 corpos foram resgatados do local do acidente e serão levados para uma base da Força Aérea, de onde seguirão para o Instituto Médico Legal de Medellín.

Seis pessoas foram resgatadas com vida e estão no hospital: os jogadores Alan Ruschel, Neto e Follmann, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez. O goleiro Danilo também tinha sido resgatado com vida, mas morreu no hospital.

O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Medellín com a delegação do time, jornalistas e convidados.

Segundo as autoridades colombianas, a aeronave levaria 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes.

O Comitê de Operação de Emergência (COE) e a gerência do aeroporto informaram que a aeronave se declarou em emergência por falha técnica às 22h (local) entre as cidades de Ceja e La Unión.

O diretor da Aeronáutica Civil, Alfredo Bocanegra, explicou à Rádio Nacional da Colômbia que, embora chovesse e houvesse neblina na região, o aeroporto Rionegro estava operando normalmente.

Segundo ele, aparentemente foram falhas elétricas que causaram o acidente.

O piloto relatou problemas à torre de controle do aeroporto de Santa Cruz, na Bolívia.

Mais cedo, a imprensa colombiana chegou a cogitar como causa a falta de combustível, mas também informou que o piloto despejou combustível após perceber que o avião iria cair.