Quem informa é a repórter  Lidiane Sousa:

O presidente do grupo Cevital, Issad Rebrab, e os executivos Adam Iskounem e Paulo Hegg estiveram reunidos com o governador Simão Jatene e outras autoridades para discutir detalhes sobre a implementação da siderúrgica no Pará (FOTO AGÊNCIA PARÁ)
O presidente do grupo Cevital, Issad Rebrab, e os executivos Adam Iskounem e Paulo Hegg estiveram reunidos com o governador Simão Jatene e outras autoridades para discutir detalhes sobre a implementação da siderúrgica no Pará (FOTO AGÊNCIA PARÁ)

Representantes da multinacional argelina Cevital vieram novamente ao Brasil para dar seguimento ao projeto de criação e implementação de uma siderúrgica no sudeste do Pará. O presidente do grupo, Issad Rebrab, e os executivos Adam Iskounem e Paulo Hegg estiveram reunidos com o governador Simão Jatene, na noite desta segunda-feira (31), no Palácio do Governo, em Belém, para discutir mais detalhes sobre a implementação.

Além dos executivos da Cevital, o encontro contou com a participação do procurador adjunto da Procuradoria Geral do Estado (PGE), Henrique Reis; do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki; do titular da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Estado do Pará (Codec), Olavo das Neves. A equipe técnica da Sedeme e Codec também participaram da discussão sobre a implementação do polo siderúrgico em Marabá, no sudeste paraense. O projeto do empreendimento está em pleno desenvolvimento de estudos. Sua implantação vem avançando com discussões e superando obstáculos impostos pela crise econômica nacional.

Durante a reunião, os representantes da gigante argelina fizeram uma breve apresentação dos avanços obtidos no trabalho desenvolvido em conjunto com o Governo do Estado e dos desafios que ainda devem ser enfrentados, com um cronograma bem definido, para a execução da iniciativa.

A reunião de trabalho, tendo à frente do grupo que atua diretamente na implantação do empreendimento o secretário Adnan Demachki, tratou de temas importantes para a viabilização do empreendimento, como incentivos fiscais, pequeno desvio da Transamazônica, que atualmente corta o terreno da Alpa, cronograma de implantação do empreendimento, entre outros temas.

Há um ano a Cevital vem, em conjunto com o Governo do Estado, trabalhando para a implementação da siderúrgica em território paraense. Em outubro do ano passado, o grupo assinou um Protocolo de Intenções de Investimentos em diferentes áreas, como agroindústria, siderurgia e logística. De um ano para cá, o projeto já obteve grandes avanços e, em breve, deve receber as licenças para avançar ainda mais.

Ferrovia

Além do avanço das etapas de consolidação da siderúrgica, também esteve em pauta durante a reunião os estudos da ferrovia paraense (Fepasa). O grupo, que é líder na produção de alimentos na África, também é um dos maiores do mundo na produção e processamento de grãos, além de possuir unidades de apoio logístico na Europa, possuindo conhecimento em ferrovias. Segundo o andamento dos estudos, a Fepasa será fundamental para a siderúrgica escoar a sua produção, com capacidade prevista para transportar 10 milhões de toneladas de carga, o que é um atrativo para outras indústrias para a região, melhorando de forma significativa a logística na região, que já possui rodovias e projetos para hidrovia.

Na Europa, a empresa também se destaca na produção de trilhos, com uma fábrica sediada na Itália, e agora pretende ser a primeira a produzir trilhos na América Latina, com a siderúrgica de Marabá. “Temos mercado para exporter e teremos mercado interno para vender, por isso sabemos que o projeto é bastante viável e sustentável”, destacou Adam Iskounem, executivo da Cevital.

O titular da Codec, Olavo das Neves, também apresentou um resumo das tratativas que vêm sendo desenvolvidas com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no processo de licenciamento da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Marabá. “A criação de uma ZPE, além de ser fundamental para a geração de emprego e renda no Estado, também é importante para a viabilização da instalação da siderúrgica e de outras grandes empresas que certamente vão chegar para aproveitar a estrutura logística. Esse sera um ganho que vai ter impacto positivo para todo o estado do Pará”, afirmou Olavo. “A Codec tem discutido e avançado nessas proposições e até o final de novembro o projeto final deve ser apresentado”, destacou o titular da companhia.