Barcarena

 

 

 

 

O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), a Defensoria Pública da União (DPU) e a Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE) promoverão no próximo dia 26 uma audiência pública em Barcarena, com os afetados pelo naufrágio do navio Haidar.

Em outubro de 2015, o navio de bandeira libanesa afundou durante o embarque da carga de bois vivos no Porto de Vila do Conde, matando cerca de 5 mil bois.

A audiência pública deverá debater a possibilidade de um acordo entre os atingidos e algumas das empresas envolvidas no acidente. Estão sendo feitas negociações com a Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo porto e Global Norte Trade e Minerva, responsáveis pela operação portuária e pelos bois, para que sejam pagos os danos sociais de caráter coletivo.

O navio está afundado no porto até hoje.

Dos quase 5 mil bois mortos, uma parte se desprendeu do casco do navio logo após o acidente, indo dar nas praias de Barcarena, um local de visitação turística próximo da capital paraense.

Nos dias que se seguiram ao naufrágio, a população teve que deixar suas casas, andar com máscaras para respiração e fechar os locais de comércio.

Uma parte dos bois mortos apodreceu dentro do casco do navio, liberando subprodutos da decomposição nas águas da região. Outra parte foi retirada pelas empresas e enterrada em local próximo ao porto. Parte dos 700 mil litros de óleo diesel que estavam no Haidar vazaram para as águas, mas a maior parte foi retirada pelos responsáveis.

As consequências para o meio ambiente e para a vida no entorno foram graves.

No caso dos danos ao meio ambiente, o MPF entrou com uma ação judicial, que tramita na 9a Vara Federal em Belém, pedindo indenizações de R$ 71 milhões.

No caso dos danos aos moradores, as indenizações podem ser resolvidas em acordo. Esse é o tema da audiência pública, que vai ocorrer na sede da igreja Assembleia de Deus, em Barcarena.