O porto de Marabá, em futuro próximo, poderá responder por importante percentual da balança comercial brasileira, caso seja incluída na pauta de suas principais cargas produtos como a soja, minério e produtos industrializados – a partir de um parque siderúrgico que se anuncia com o interesse do grupo argelino Cevital instalar uma planta de produção de aço.
Claro, o porto só atingirá esse status caso a hidrovia Marabá-Barcarena seja realmente viabilizada.
A derrocagem do Lourenção e a dragagem de toda a extensão do rio, em áreas impactadas pelo grande número de praias na extensão do Tocantins, são fundamentais.
E os dois projetos, porto e hidrovia, ganham importância extraordinária com a ampliação do Canal do Panamá (foto), que trará consequências decisivas em várias partes do mundo e, em particular, no norte do território brasileiro.
No seu novo recorte o Canal pode assegurar a travessia diária de 48 a 51 navios, em vez de 35 a 40 navios por dia, como era caso anteriormente.
Além disso, só passavam navios com capacidade máxima de 5.000 toneladas.
Agora, podem transitar navios comportando até 13.000 toneladas.
No ano passado, o Canal de Suez também inaugurou suas vias expandidas, aumentando o fluxo de navios e de cargas entre a Europa e a Ásia através do Mediterrâneo e do Mar Vermelho.
Inaugurado em 1914, o Canal do Panamá tomou outra dimensão em 26 de junho, após dez anos de obras de grande porte.
Neste dia, o navio chinês Cosco Shipping Panama, embarcando 9.400 containers, entrou no lado atlântico no Canal ampliado e saiu, à tarde, no lado do Pacífico.
Não obstante, os especialistas consideram que o novo Canal do Panamá acentuará as mudanças econômicas mundiais.
É nesse estágio que se registrará o impacto que o aumento do fluxo marítimo transoceânico terá no norte do Brasil.
Por isso, a importância de Hidrovia Araguaia-Tocantins, numa perspectiva mais longa e, a curto prazo, a hidrovia Marabá-Barcarena.
Os portos de Manaus (AM) e Suape (PE) não possuem ainda terminais de contêineres e nenhum porto do Nordeste tem capacidade para se transformar num hub (concentrador de cargas) atlântico.
Mas os portos de Barcarena e Santarém, no Pará, Itaqui (MA) e Salvador (BA), estão em pleno crescimento.
No chamado Arco Norte que inclui os portos fluviais e marítimos dos quatro estados citados acima, as exportações aumentaram 51% entre janeiro e novembro de 2015.
João filho
23 de julho de 2016 - 19:01Nada é impossível, quem sabe acontece um milagre?
Douglas...
13 de julho de 2016 - 20:05O araguaia na seca se atravessa andando. ..Essa hidroavião não sai…..
Barreirinhas
13 de julho de 2016 - 06:27A tonelagem dos navios deve estar errada espero que não estava errada também a notícia
Vitor
13 de julho de 2016 - 01:33Tento imaginar a dimensao do atraso que nos encontramos mas eh dificil de assimilar. Paises como EUA e Alemanha ja interligaram suas bacias hidrograficas com canais artificiais. E nós ainda nao viabilizamos a navegacao em rios importantes como o Araguaia-Tocantins em grande parte de sua extensao. Com pequenas intervencoes podemos revolucionar nossa logistica
Gilmar Caetano
12 de julho de 2016 - 21:20Só nos resta acreditar e torcer para que tudo se concretize e não passe de promessas e sonhos.
Robson
12 de julho de 2016 - 17:21Infleizmente o Rio Tocantins está cada ano mais seco, temo que essa tão tonhada hidrovia nunca se torne realidade. O grande Tocantins está morrendo.
Lustosa
12 de julho de 2016 - 09:11É uma perspectiva de transformação econômica fantástica pra toda região isso é pra todo o Pará, mas infelizmente com a qualidade da nossa classe política é de dar um baixo astral terrível!
Leandro
13 de julho de 2016 - 09:57Concordo plenamente