Anunciado para ocorrer nesta quinta-feira, 15, a assinatura da ordem de serviço das obras de derrocagem do pedral do “Lourenção”, para viabilizar a hidrovia entre Marabá e Barcarena.

Uma ordem de serviço em dois lugares distintos.

Às 11 horas, os ministros dos Transportes, Maurício Quintella, e da Integração Regional, Helder Barbalho, oficializam autorização para início dos serviços, em Itupiranga.

À tarde, às 14 horas, outro evento com o mesmo sentido, ocorrerá em Marabá.

Uma ordem de serviço em dois atos, numa peregrinação destinada  a “evitar ciúmes” das duas comunidades – como se as populações dos dois municípios não tivessem mais interesse em ver a obra verdadeiramente realizada do que se dar a reações bobas de bairrismos.

A escolha de dois locais distintos, para oficializar autorização da obra, é a caracterização explicita do jogo de politicagem  tricoteado sobre um tema  de inegável interesse público, mas que desgraçadamente passa a ser instrumentalizado por hábitos provincianos da classe política.

Marabá e Itupiranga não são nenhuma Sucupira.

Saudemos a importância do evento, sim – ignorando, claro, qualquer tipo de  mise-en-scéne  eleitoreiro.