Informa a Agência Pará:

 

Foto Antonio  Silva
Foto Antonio Silva

As obras de prolongamento da Avenida João Paulo II, em Belém, avançam com o fim do período chuvoso e a chegada do verão amazônico. Os serviços de terraplenagem estão em fase conclusiva, com aproximadamente 85% do cronograma cumprido. Em seguida, começa a pavimentação. Nesta terça-feira, 14, o governador Simão Jatene caminhou por todo o trecho da nova via, juntamente com o diretor geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), César Meira, e uma equipe de engenheiros, para avaliar o andamento dos trabalhos. O projeto vai garantir a melhoria da mobilidade urbana da Região Metropolitana de Belém e, consequentemente, a qualidade de vida da população.

O trecho em obras tem cinco quilômetros e inclui duas pontes que devem transpor os lagos Bolonha e Água Preta. “Estamos trabalhando nas pontes fora da obra. As peças metálicas estão sendo fabricadas e depois serão trazidas para o local, onde serão montadas. Ao final da montagem, as duas estruturas serão deslocadas e posicionadas sobre os lagos. É uma técnica nova. Enquanto isso, estaremos terminando a terraplenagem, em seguida a pavimentação e finalmente iluminação, sinalização e paisagismo”, disse César Meira.

O governador percorreu o perímetro da avenida entre a Passagem Mariano e a Rodovia Mário Covas, guiado pela equipe do NGTM, e viu os pilares da primeira ponte sendo feitos. Depois de prontas, as peças das pontes serão montadas na frente do lago, em cima de uma estrutura que se assemelha a trilhos, por onde serão deslizadas até o lugar destinado a elas. É a primeira vez no Brasil que essa técnica será utilizada, considerando a dimensão das pontes e o desenho da estrutura metálica, em arco. O mecanismo já está sendo construído e será aterrado depois de usado.

Ambiente – Atualmente, todo o despejo de águas pluviais e residuais que passam pelo bairro da Guanabara, em Ananindeua, é feito no Parque Ambiental do Utinga, diretamente nos lagos que abastecem a capital e parte da Região Metropolitana. O projeto paisagístico da obra vai resolver esse problema. O governador também visitou os espaços onde serão implantados os “jardins filtrantes”, que vão oferecer ganho ambiental ao tratar essas águas poluídas e possibilitar uma integração paisagística com o entorno.

Nos jardins filtrantes, a água é absorvida pelas plantas e passa por uma série de filtros naturais, onde ocorrem diversas reações, estimuladas pela atividade das plantas e dos microorganismos da rizosfera (região onde o solo e a raízes das plantas entram em contato). Posteriormente, a água passa por um filtro vertical, e depois por outro, horizontal, que a despeja em um reservatório plantado, onde as impurezas são retiradas, para só depois chegar aos lagos do Parque Ambiental.

A visita da comitiva foi encerrada na Rodovia Mario Covas, onde será construída a quarta pétala do viaduto, para que a João Paulo II seja interligada à BR-316 e ao município de Ananindeua. O prolongamento da Avenida João Paulo II terá acostamentos, ciclovias e calçadas, respeitando os preceitos legais de acessibilidade. Também contará com sistema de drenagem, iluminação pública e monitoramento de segurança. Sete passarelas para pedestres serão implantadas ao longo da via, às proximidades dos seis pares de pontos de ônibus urbanos.

A avenida contará com duas pontes, uma com 220 metros de extensão, a 60 metros da Passagem Mariano, transpondo a ponta do Lago Bolonha, e a outra (com 232 metros), a 200 metros da Rua da Pedreirinha, transpondo a ponta do Lago Água Preta. A nova avenida será uma via metropolitana de duas pistas para tráfego geral, cada uma com 10,5 metros de largura, dividida em três faixas de tráfego com 3,5m cada, 2,5 metros de acostamento, 2,5 metros para ciclovia bidirecional, dois metros de calçada do lado esquerdo e 1,2 metro do lado direito, no sentido Passagem Mariano/ BR-316, separada por canteiro central.