Poster dá um time em seu imerecido descanso para noticiar a morte de um grande brasileiro.

O autor da memorável frase “quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta  de luxo” -, morreu agora há pouco,  em São Luís.

Às  10h30 deste sábado, 17,  aos 78 anos, o carnavalesco Joãosinho Trinta morreu na capital maranhense, onde se encontrava internado  desde o dia 3 de dezembro  no Hospital UDI,  com um quadro de pneumonia e insuficiência respiratória.

A causa da morte ainda não foi divulgada.

Artista plástico criativo, inovador e revolucionário, Joãosinho consolidou-se como um dos malhores carnavalescos da história ao colocar, em 1969,  a Beija-Flor na avenida Marquês de Sapucaí para realizar emblemático desfile com o tema  “Ratos e Urubus… larguem minha fantasia”,

O inesquecível  daquela noite  foi o  abre-alas da escola de samba  de Nilópolis coberto por sacos plásticos, porque a Arquidiocese do Rio de Janeiro proibiu o uso da imagem do Cristo Redentor. As primeiras alas apresentavam mendigos e maltrapilhos. Uma imagem que ficou na memória de quem acompanha o carnaval carioca.

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Atualização às 18:55

Que sábado mais indigesto esse, hein, 17 de dezembro…

Perdemos, de uma só vez,  três nomes que marcaram as artes plásticas, o teatro e a música internacionais: Joaosinho Trinta, Sergio Britto e Cesaria Évora.

Para quem nunca ouviu a voz de  Évora, deixo pra vocês uma canja de Marisa Monte em dueto com a cantora caboverdense (adjetivo pátrio de quem nasce em Cabo Verde), cantando  “É doce morrer no mar”, de Caymmi.