Diante da tragédia do Porto de Vila do Conde, desnudando a ganância de alguns empresários e seus valores invertidos, que resultou na morte de quase cinco mil bois e danos irreparáveis ao meio ambiente – é agradável tomar conhecimento de que nem tudo está perdido.

Agradavelmente salutar visualizar o bem comum orientando o curso de algumas empresas, guiadas por pessoas que não veem a essência do dinheiro como meta única de valor.

Refiro-me ao conhecimento que tive da ação humanizada de um grupo empresarial de Marabá atuando em outras terras.

No meio da semana que passou, encontrei-me com dois amigos empreendedores da cidade de Imperatriz.

Ambos passavam por Marabá rumo a Altamira, onde desenvolvem negócios oportunizados pela obra de Belo Monte.

O encontro casual transformou-se em longa conversa.

Coisas de amigos acalentados pelo reencontro.

No meio do papo, os dois manifestam a admiração pelo Grupo Zucatelli, fincado também em terras maranhenses, concessionário de bandeiras famosas.

O encontro ocorreu antes da tragédia do Porto de Vila do Conde, mas o tema versava exatamente acerca da importância dos ditos modernos empresários dividirem um pouco do que ganham, objetivando melhorar as condições de vida das pessoas.

Foi aí que ambos revelaram ações de responsabilidade social desenvolvidas pelo Grupo Zucatelli em Imperatriz, estimulando algumas entidades sociais.

A admirações dos dois amigos pela política humanizada do grupo marabaense chegou ao conhecimento deles através de uma senhora presidente de uma entidade beneficiada anualmente pelo conglomerado Zucatelli.

Maior espanto deles?

A dirigente da entidade fez questão de pedir discrição em relação aos benefícios que sua organização recebe da empresa, condição acordada para que a parceria não fosse desfeita.

– Admiramos muito isso, porque a maioria dos empresários quando ajudam alguma organização faz questão de propagar aos quatro cantos – e o pessoal de Marabá, não” – disse um dos amigos.

Particularmente, não foi surpresa tomar conhecimento da política de responsabilidade social dos Zucatelli.

Em Marabá. envolto à maior discrição, o conglomerado pratica responsabilidade social, dentro de um planejamento elaborado ano anterior ao período em que a parceria se desenvolverá.

Prática destinada a evitar  os “pedintes” de todo dia.

Zuca e ReginaFiquei orgulhoso de tomar conhecimento da admiração dos dois amigos pelo perfil empresarial marabaense, porque tenho, também, enorme admiração pelo Reinaldo e Regina (foto), casal que toca o Grupo Zucatelli, atualmente com mais de 800 funcionários em vários estados da região Norte.

Gozo de suas amizades, e, sempre que sobra tempo, costumo trocar prozas na sala de Reinaldo, falando de tudo.

Nessas conversas informais, uma vez instiguei Reinaldo a divulgar as ações de responsabilidade social do grupo, solicitação prontamente negada.

Na visão do casal, responsabilidade social é um ato de solidariedade para o qual não cabe ações de marketing.

Reinaldo e Regina são extremamente católicos – daqueles de frequentar celebrações religiosas semanalmente.

Para ambos, as coisas do coração e da alma devem ficar restritos a quem os praticam.

Toda essa história se faz necessário diante do debate que a sociedade vem travando mercê  da tragédia do Porto de Vila do Conde.

Para ser grande, acumular riquezas, prosperar negócios em diversos rincões – o coração tem que se fazer presente, para tornar o negócio um bem onde a moeda e a alma podem conviver pacificamente.