Em noa distribuída à imprensa, a Vale S.A informa que ingressou na Justiça pedindo a desobstrução da Estrada de Ferro Carajás,  interditada hoje pelo MST.
Diz a nota da mineradora:
A Vale informa que a Estrada de Ferro Carajás (EFC) foi invadida na madrugada desta quarta-feira, 5/8, em trecho do município de Parauapebas (PA), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estavam acampados às proximidades da ferrovia desde a última segunda-feira, 3/8.
 Eles atearam fogo em madeira sobre os trilhos, com isso, impedindo o tráfego de trens, prejudicando as atividades de transporte de passageiros (que beneficia cerca de 1.300 passageiros por dia nos estados do Pará e Maranhão), de minérios, carga geral e de combustíveis para a região.
Além do crime de invasão (esbulho) de propriedade privada e do risco de desastre ferroviário previstos no Código Penal, os manifestantes incorreram em desobediência à ordem judicial concedida pela Justiça Estadual de Parauapebas, que determinou a imediata reintegração do trecho da Estrada de Ferro Carajás invadido, com imposição de multa diária de 50 mil reais para cada  invasor. A decisão de reintegração será cumprida pelos Oficiais de Justiça com apoio da Polícia Militar.
A Vale informa, ainda, que ajuizará ações criminais contra os líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e todos aqueles que estiverem invadindo a Estrada de Ferro Carajás, visando a responsabilização pelos crimes praticados e buscará o reparo dos danos causados pelos manifestantes durante a obstrução da ferrovia.
A Vale reforça que cumpre com todas as suas obrigações legais, ambientais, tributárias  e esclarece que todos os imóveis com reservas minerais, compensação ambiental ou para apoio à atividade de mineração não se prestam às atividades de agricultura e nem para fins de reforma agrária, inclusive por imposição de lei.”.
Ocupação da EFC  integra a agenda  da chamada  “Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária”.