Quatro projetos do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso, em Marabá (PA), foram selecionados para apresentação no XXI Congresso Brasileiro de Infectologia, que será realizado entre os dias 10 e 13 de setembro, em Belém (PA).

Entre os projetos selecionados, estão estudos de práticas adotadas no controle de infecção no atendimento e a prevalência de Leishmaniose visceral em crianças, com base em dados coletados durante uma década pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Organizado pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), em parceria com a Sociedade Paraense de Infectologia (SPI), o congresso é o maior evento de atualização científica da área no País. Participam da edição pesquisadores do Canadá, Estados Unidos, França, Argentina, Reino Unido e do Brasil.

Segundo a diretora de Assistência do Hospital Regional de Marabá, Maria Freitas, a apresentação em Belém é uma oportunidade para mostrar ao mundo a assistência desenvolvida em hospitais localizados no interior da Amazônia. “A infectologia é uma área extremamente importante na saúde. A troca de experiência que irá ocorrer é valiosa, pois participam profissionais de vários países. Além disso, o evento irá possibilitar que o trabalho desenvolvido no Hospital Regional de Marabá ganhe importância internacional”, pontuou a gestora.

Controle de infecção

Três dos quatro projetos selecionados para o XXI Congresso Brasileiro de Infectologia relatam a experiência dos profissionais da unidade a partir da participação do hospital na ação “Melhorando a segurança do paciente em larga escala no Brasil”, promovida pelo Ministério da Saúde.

Intitulado “Participação familiar no desenvolvimento da cultura de segurança em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulto de um hospital em Marabá”, o projeto descreve o envolvimento dos familiares na rotina de cuidado dos pacientes.

Além de permitir a presença do acompanhante na UTI, por meio de visitas estendidas, a estratégia fortalece o vínculo com a equipe e possibilita a troca de informação quanto às medidas de controle de infecção, como a lavagem das mãos e a desinfecção de conectores.

Outra experiência da equipe da UTI Adulto do hospital é o uso da metodologia PDSA – tradução da sigla em inglês para Planejar (Plan), Fazer (Do), Estudar (Study) e Agir (Act) – para introduzir medidas de controle de infecção, dentre elas a Infecção Primária de Corrente Sanguínea associada a Cateter Venoso Central (IPCS).

Um dos diferenciais da metodologia é o envolvimento de todos os profissionais da Unidade na tomada de decisão sobre a melhor técnica a ser utilizada na assistência à saúde e, ainda, a aplicação de teste piloto antes da metodologia passar a ser uma conduta definitiva da equipe.

Outro projeto descreve a introdução de momentos de parada a cada uma hora, denominados “pit-stop da higiene das mãos”, incentivando a adesão dos colaboradores da enfermagem na higienização das mãos como auxílio na redução das infecções ocasionadas na região.