Embora tenha negado o envio agora de forças federais para ajudar a manter a segurança no Estado, prometendo a liberação de 200 agentes para o mês de março, o Ministério da Justiça garantiu ao governador Helder Barbalho que manterá parcerias ligadas ao setor.

A primeira iniciativa por parte do Ministério será o envio de um oficial federal ao Pará a fim de traçar o detalhamento da estratégia que será implementada no Estado.

Até o mês de março, o governo federal poderá atender o pedido de duas formas: ou reduz o quantitativo do Ceará assim que a situação lá estiver sob controle, ou o Pará aguarda o término de outra missão de 137 agentes da Força Nacional que atuam no interior do próprio Estado a serviço de operações da Funai, ICMBio, Ibama, para que depois possam ser deslocados para atuar no enfrentamento da violência nos bairros mais críticos da Região Metropolitana de Belém.

Entre os argumentos apresentados na fala do governador ao ministro Sérgio Moro estão os números da violência no Estado.

“Números que colocam o Pará como um dos mais violentos do Brasil. Falamos de uma média de 51 assassinatos para cada 100 mil habitantes, o que já difere dos 30 assassinatos por cada 100 mil habitantes, que é a média do País. Belém chega a 77 por cada 100 mil, e alguns bairros da capital, já identificados, ultrapassam 125 assassinatos por cada 100 mil habitantes. A ideia é que nessas comunidades, já identificadas nós possamos aumentar a presença do efetivo com o apoio da Força Nacional de Segurança”, disse Helder.

O governador ressaltou que tratou ainda da possibilidade de ter o apoio logístico do Exército para ajudar nas ações de segurança. “Não na operacionalidade, mas sim na logística, que é uma faculdade que o governo federal sinaliza e eu farei contato ainda hoje com o Ministro da Defesa para que eu possa ter o apoio logístico dos batalhões do exercito que estão localizados na Região Norte e particularmente em Belém”, disse o governador.