Quem informa é a repórter Bianca Teixeira, da Secom:

 

No primeiro dia de funcionamento do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais do Pará, dez pessoas foram atendidas e o agendamento de outras consultas foi um sucesso.

Pioneiro na região Norte do país, o espaço  oferece ao público de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) serviços, previamente agendados, com psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos, técnicos de enfermagem, nutricionistas e endocrinologistas.

Há projeto para implantação de atendimento nas áreas de  psiquiatria e ginecologia.

O ambulatório funciona no prédio da Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecto-Parasitárias e Especiais (Uredipe), no bairro do Telégrafo, em Belém, e é um dos cincos postos com serviços especializados gratuitos no Brasil direcionados a esse público.

A proposta é uma iniciativa das secretarias de Estado de Saúde Pública (Sespa) e de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), em cumprimento à Política Nacional de Saúde Integral de LGBT, instituída pela Portaria nº 2.836, do Ministério da Saúde.

Na Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecto-Parasitárias e Especiais é possível fazer, ainda, exames gratuitos de HIV, Hepatite B e C e Sífilis.

Os resultados saem na hora e, quando é o caso, o paciente é logo encaminhado aos cuidados médicos necessários.

A unidade funciona de segunda a sexta, das 7h às 19h.

No fim do ano passado, o Governo do Estado lançou a carteira de nome social para travestis e transexuais, que lhes assegura o direito de serem reconhecidos pelo nome com o qual se identificam.

O documento é válido para tratamento nominal nos órgãos e entidades do Poder Executivo do Pará. O direito foi assegurado pelo Decreto nº 726, publicado no último mês de maio, no Diário Oficial do Estado.

A carteira de nome social, que vem com o número do Registro Geral (RG), é emitida pela Polícia Civil.

O Pará é o primeiro Estado a assegurar no documento os dados civis dessas pessoas.