A segunda parte da entrevista do médico Manoel Veloso, concedida semana passada , aborda eleição municipal e questões diversas.

Como já ocorrera na primeira parte do longo depoimento publicado segunda-feira última, Dr.Veloso, como é chamado popularmente, demonstra preocupação constante com a área de saúde do município.

Na visão dele,    o atual Hospital Municipal está defasado em relação às demandas.

Construir um novo hospital, é necessidade premente defendida fervorosamente pelo pré-candidato a prefeito.

“Quando se fala em construir um novo Hospital Municipal, alguns aparecem para dizer que o município não tem condições de fazer isso, que demanda muitos recursos e que é mais um prometendo o que não vai dar conta de fazer. A isso eu chamo de terrorismo psicológico para afastar qualquer possibilidade de convencer as pessoas de que é possível, sim, transformar a área de saúde de Marabá oferecendo atendimento de qualidade. Existem vários municípios no Brasil com orçamento bem menor do que o nosso transformados em referência de Saúde. Só não assume compromisso de construir um novo Hospital Municipal quem não quer mesmo resolver os problemas do setor, pensando em economizar recursos para aplicar em outros interesses”, disse Dr. Veloso ao mostrar ao blogueiro como pretende obter recursos para edificar um novo HM.

Orgulhoso, o médico fez uma exposição de quantas obras seu pai, o médico Geraldo Veloso , já falecido, edificou em Marabá na área de saúde, em apenas quatro anos, dizendo que, se eleito prefeito, atuará obstinado em busca de seu propósito: transformar Marabá em referência no atendimento á Saúde Pública.

   – “O meu pai deu uma destinação sábia ao antigo prédio do hospital da FSESP, adaptando-o aquele que é hoje o Hospital Materno Infantil. Não apenas fez obras físicas como equipou todo o hospital,  um sonho que ele tinha de dotar Marabá de um hospital exclusivo para atender mulheres gestantes, ele que por tantos anos realizou milhares de partos na cidade, sem quase nenhuma estrutura”, lembra Dr. Veloso.

No bate-papo, elencou ainda a construção e ampliação de diversos centros de saúde feitos pelo seu pai.

    -“Meu  pai construiu e ampliou, há 23 anos, os centros de saúde Amadeu Vivacqua, no  bairro São Felix; Demósthenes Azevedo, na Velha Marabá; Maria Bico Doce, bairro São Félix;  Enfermeira Zezinha, Folha 23; Carlos Barreto, em Morada Nova;  Hiroshi Matshuda, na Folha 11; Jaime Pinto, bairro Belo Horizonte;  João Batista Bezerra, bairro Santa Rosa; Pedro Cavalcante, bairro do Amapá. Além disso, construiu e pôs em funcionamento algo revolucionário à época: o Crismu, na Folha 33,  primeiro centro de saúde especializado em saúde da mulher. Lutou com todas as forças até criar o CISAT  (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Araguaia-Tocantins), que tantos benefícios espalha aos municípios da região mas que, num ato de total equívoco, teve Marabá retirada da associação pelo atual prefeito de Marabá. E isso sem falar na construção e inauguração da sede da Secretaria de Saúde de Marabá, lá ao lado do Fórum, na Cidade Nova”, relembrou Manoel Veloso.

Em determinado momento da longa conversa, Dr. Veloso faz um comentário a respeito da futura campanha eleitoral que está se aproximando;

 

     -“Meu opositor, certamente vai fazer uma “campanha de medo”, tentando incutir na cabeça das pessoas que os dois últimos prefeitos, antecessores dele, foram um desastre administrativamente, e que o eleitor não deve correr ´riscos´, elegendo uma outra pessoa que não seja ele. O discurso da perpetuação do poder, que certamente será rechaçado.  Mas é bom lembrá-lo de que  as gestões equivocadas anteriores também servem de ensinamentos a novos candidatos a prefeito que jamais vão querer repetir erros semelhantes . Além do mais, eu carrego a responsabilidade pessoal de realizar o grande sonho de meu pai Dr. Veloso: fazer de Marabá uma das melhores cidades do interior do Brasil para se viver. Meu pai repetia isso a quem convivia próximo a ele, e comprovou, em apenas quatro anos de gestão, que iria realizar seu sonho, caso não tivesse nos deixado precocemente”, comentou Dr. Veloso.

 

 Abaixo, a segunda parte da entrevista concedida a Hiroshi Bogéa  pelo  médico Manoel Veloso,na foto abaixo, ainda criança, ao lado de seu pai Geraldo Veloso e da mãe, dona Dalva Veloso:

 

 

Me baseio na trajetória de meu pai. Sua vida me inspirou a ser médico, inicialmente; e agora quero seguir seus passos na política. Quero cuidar para que as pessoas fiquem bem de saúde, com boa educação, a condição de ser bem assistido e de ter sua sustentação social efetiva. Apenas assim nós poderemos ser uma sociedade mais feliz e justa.

 

 

 

 

Na sua avaliação, quais os atributos que um bom prefeito deve ter?

Acima de tudo deve ter vontade política para resolver o problema da população. Precisa querer fazer com que os sonhos das pessoas se tornem realidade e promover mudanças para melhorar na vida das pessoas.

De nada adianta ser um bom gerente, um capataz, que somente execute o que está na prancheta. Precisa ter visão voltada para o bem-estar social. Tem que ter visão de futuro. Nós precisamos de um prefeito que pense como será Marabá daqui a alguns anos, que possa projetar essa nossa chegada até lá. Quando meu pai foi prefeito há mais de 20 anos seu slogan era “Marabá, caminhando para o futuro”. É assim que deve ser.

Este futuro pode estar mais garantido, se tomarmos atitude agora, para que, lá adiante, a população possa ter capacidade de ter um bom emprego, segurança na sua saúde, ter uma cidade que possa se orgulhar, de fazer seus planos para ficar por aqui e ter uma vida de sucesso.

O prefeito precisa entender esse sonho, ele precisa estimular, precisa cuidar, para que possa gerar na população essa expectativa. Necessita ter humildade para reconhecer que não é capaz de fazer tudo sozinho, precisa ter a habilidade de delegar, sem deixar de fiscalizar. Tem que ter a vontade de fazer isso, e ter a responsabilidade de se implicar, de se importar, de fazer acontecer. Cobrar os resultados e assumir suas responsabilidades, sem ficar se esquivando, ficando atrás das pessoas, sem mostrar a cara. O prefeito precisa dizer a que veio. Não pode ficar com medo de enfrentar a população.

 

Você usa como mantra de seu discurso político, olhar com muita atenção as pessoas, cuidar das pessoas. Essa preocupação você carrega de seu pai, o médico Dr Veloso que também foi prefeito de Marabá e trafegou muito bem por essa área.  Quais áreas da Administração você vê como prioridade na gestão pública?

Na verdade, a prioridade é o equilíbrio, entre os vários setores que compõem a administração Municipal. São quatro áreas de interesse principal: o estratégico, o produtivo, o infra-estrutural e o social. Temos um plano de governo sendo aprimorado que busca atingir este balanceamento. O setor estratégico desenvolve o plano e acompanha sua execução. O setor produtivo cuida da condição de gerar renda para a cidade e seus cidadãos. O setor infra-estrutural cuida do saneamento, que tem um atraso de décadas, cuida das vias e do desenvolvimento urbano. E por último o setor social, que considero o mais importante. Todos os demais setores precisam estar bem para que este funcione adequadamente.

Carrego sim esta marca de preocupação com o cuidar das pessoas. Acredito que me baseio na trajetória de meu pai. Sua vida me inspirou a ser médico, inicialmente; e agora quero seguir seus passos na política. Quero cuidar para que as pessoas fiquem bem de saúde, com boa educação, a condição de ser bem assistido e de ter sua sustentação social efetiva. Apenas assim nós poderemos ser uma sociedade mais feliz e justa.

Precisamos cuidar das pessoas prioritariamente porque o ser humano é o principal ingrediente, o principal fator, e deve ser a principal preocupação de uma prefeitura. Quero fazer de Marabá a melhor cidade para se viver, para isso é necessário melhorar a vida de cada um para então melhorar toda a comunidade.

 

 Hoje em dia existem muitas discussões sobre ser de direita ou esquerda. Suas ideias políticas se encaixam em qual dos lados?

Eu sou um humanista, como também tenho consciência de que o governo precisa estar atrapalhando menos a geração de riqueza, que o estado não deve ficar regulando excessivamente a iniciativa privada. Temos que estimular os empresários e empreendedores a crescerem. Porém, não podemos esquecer a assistência e suporte social para aqueles que necessitam. Temos que tentar diminuir as grandes diferenças que existem na nossa sociedade para que todos possam ter chance de se desenvolver. Todo mundo não precisa ser igual, e não é igual, mas, nós temos que tentar dar chances iguais para todas as pessoas, para que a partir daí, possam crescer e gerar as riquezas necessárias para o país e para sua família.

 

Seu provável adversário será o prefeito Tião Miranda que detém boa aprovação popular. Numa avaliação fria e serena, é possível enfrenta-lo  pensando sair vitorioso na eleição deste ano?

 

Eu não tenho dúvida que tenho chance de vitória. Essa aprovação do governo Tião, é um reflexo das pessoas terem se acostumado com muito pouco. Nos dois mandatos anteriores ao atual, as pessoas receberam da prefeitura um trabalho administrativo ruim e um retorno de serviços que ficou muito a desejar. Mesmo com um trabalho mediano, até fraco em vários aspectos, o governo do Tião consegue se sobressair diante do que a comunidade recebeu no passado recente. A gente agora tem que olhar para o futuro. Precisamos abandonar este sensação de contentamento com tão pouco.

Na última eleição, o atual prefeito teve dificuldade de me vencer. Muitos dizem que se houvessem mais 15 dias de campanha, eu teria vencido. Este ano, terei mais 45 dias.  Aposto que as pessoas agora perceberão o quanto limitado ele pode ser no enfrentamento dos problemas sociais.

Ele é um político de carreira, já beirando os 30 anos de “profissão”. É o que geralmente chamamos de político profissional, mas que ainda tem dificuldade de fazer com que as pessoas venham se somar ao seu projeto político. É um político que gosta e trabalha sozinho, uma espécie de lobo solitário e isso tá na contramão de tudo que a gente vê hoje, com o mundo cada vez mais interativo e integrativo.

Como prefeito, ele se fecha para a pequenez de seus objetivos de curto prazo e não pensa na cidade com desapego, sem olhar para as próximas gerações. Parece ter medo desses desafios mais importantes para a cidade, talvez por receio de se comprometer com as pessoas, com outros agentes públicos e com os representantes da sociedade e dos trabalhadores. Talvez, por isso evita conversar com elas.

A partir do momento que eu conseguir fazer com que as pessoas percebam que Marabá pode muito mais, elas vão perceber que nós temos uma condição real de vencer. Na campanha nós vamos chamar atenção para que elas entendam  que o que temos hoje é apenas uma pequena parte de tudo que a prefeitura pode fazer. Marabá pode muito mais nas mãos de pessoas que têm vontade política para dar o retorno que a população merece. Então eu estou confiante sim, sei que posso vencê-lo. Se for a minha hora, Deus abrirá as portas.

 

 

Não descuidaremos da área de proteção social. Nossa assistência social esta muito desconectada de outras áreas. Precisa de maior intercâmbio com as demais secretarias, como a da Saúde e da Educação. Vamos mudar este padrão de falta de conexão com os serviços públicos municipais.

Dia desses, li alguma coisa que você escreveu nas redes sociais sobre  o fortalecimento dos debates em um projeto de desenvolvimento municipal, que vá muito além do tradicional plano de governo que é obrigatório pela legislação. Você pode explicar aqui para os meus leitores sobre essa sua visão?

Não quero apresentar aquele tradicional plano de governo feito pelo marqueteiro, geralmente na pressa. Não quero que nosso plano seja uma peça de ficção. O que estamos fazendo nessa pré-campanha é conversar com várias pessoas, para compor realmente um plano de desenvolvimento municipal. Este plano de trabalho está sendo feito com ajuda de muitos, que depois poderão cobrar sua execução. É um planejamento elaborado em conjunto, para termos um projeto sólido, discutido com pessoas técnicas, com políticos e com nossos pré-candidatos a vereador.

O objetivo é que a gente possa fazer uma mudança real e descentralizada, porque será um plano de desenvolvimento com mais discussão, que já vem sendo pensada e discutida há vários meses. Temos grupos de discussão fazendo o relatório andar e estamos trazendo pessoas para somar em cima desse projeto. Assim, esse plano passa a não ser mais meu, passa a não ser mais do candidato, mas sim passa a ser de uma cidade, de uma comunidade. É a forma que estamos trabalhando, para chegar na campanha com um plano discutido, bem elaborado, ousado, mas, acima de tudo possível de realizar. As pessoas precisam ver seus desejos materializados neste plano, comprar este sonho e a partir daí também entrar na corrente para que isso aconteça e para que esse plano vire uma realidade.

 

Ou seja, o grande desafio seu, num hipotético governo municipal sob seu comando, é a inclusão social, criar novas políticas públicas voltadas para os mais pobres, mais necessitados, vulneráveis e que estão à margem do desenvolvimento econômico marabaense, bem como dar um Norte seguro para a consolidação de atividades produtivas estáveis e modernas?

Várias atitudes podem ser tomadas pelo governo Municipal, para que haja uma inclusão social mais estável, porque as pessoas precisam de empregos e esses empregos podem ser estimulados pela gestão pública. Já dei exemplos aqui nessa entrevista como podemos fazer: Um grande plano de pavimentação com calçamento usando bloquetes que irá gerar emprego. Vamos estimular as cooperativas de recicláveis, que além de ajudar na questão sanitária, trará renda para as famílias. Iremos fazer um grande programa de saneamento que por si só vai aumentar a oferta de emprego para os marabaense. Para aqueles mais vulneráveis, iremos instituir microcréditos para auxiliar os pequenos ambulantes e feirantes. Melhoraremos a condição das pessoas terem acesso à renda auxiliar que irá criar uma conta nos pequenos comércios dos bairros, onde a pessoa poderia ir abatendo e assim ter garantido o seu gás ou sua cesta básica. É bom para o comerciante e uma ajuda para as famílias em risco social. Pretendemos trazer emprego através da atração de empresas para Marabá. Aumentar o investimento na saúde e com isso ampliar as ofertas de vagas para técnicos de enfermagem, e outros profissionais da saúde.

Não descuidaremos da área de proteção social. Nossa assistência social esta muito desconectada de outras áreas. Precisa de maior intercâmbio com as demais secretarias, como a da Saúde e da Educação. Vamos mudar este padrão de falta de conexão com os serviços públicos municipais.

 

Dados do IBGE mostram que Marabá é um dos municípios com uma das piores distribuições de renda do Brasil. Na sua avaliação um gestor municipal precisa ter a sensibilidade de entender esse processo caso queira realmente fazer transformações desenvolvimentistas?

 

A prefeitura tem que ser sensível a essa necessidade de melhor equacionamento e de nivelamento de renda. Precisa estar atenta na execução de todos os programas de geração de riqueza e de produção, como aqueles que já foram citados e de outros em elaboração.

Marabá tem condição, como cidade polo que é, com arrecadação que já tem, além dos convênios que possa conseguir com outros entes federativos, com os aportes financeiros que poderá pactuar à custa de sua capacidade de endividamento, pode conseguir sim, fazer uma distribuição de renda mais aceitável para que a gente possa se desenvolver. Basta vontade política para mudar esta realidade.

 

 

Eu acredito numa eleição polarizada, entre a minha candidatura e a candidatura do atual prefeito. Já existiu a polarização entre nossas candidaturas na vez passada. Ninguém conseguiu ocupar este lugar de principal adversário na cabeça do povo do que eu. Nosso confrontamento é mais claro e explícito e já foi assimilado pela maioria das pessoas.

 

 

De vez em quando aparece um “salvador”, querendo entrar na política, criminalizando o próprio mundo político, falando em defesa de  mudança acabar com a “velha política”, dizendo-se serem O Novo, etecetera e tal. Você concorda com essa compostura dialética ao avesso?

Esse discurso já está desgastado. A maioria das pessoas já não acredita nos salvadores da Pátria. Acredito que seja um discurso para conseguir se inserir no meio político. O cenário que se enfrenta depois de eleito é difícil.  Tem que aprender a dialogar, fazer concessões, buscar o entendimento para conseguir fazer algo acontecer. Outros políticos foram eleitos e têm também seus interesseses, que podem ser diferentes dos seus. Há que existir disposição para mudar o cenário, primeiramente pelo nosso exemplo, pela nossa força moral e determinação. Se tivermos boas intenções, deveremos lutar para fazer com que as propostas referendadas pelo povo aconteçam. Teremos percalços,  isso é garantido.

Sempre existirão várias forças contrárias, pois nós vivemos numa Democracia. É assim que funciona o jogo e ele é pesado. Para ver as coisas acontecerem, tem que ter foco e determinação. Não precisamos de um Salvador para fazer milagres. O que acontece é que o milagre vem se você fizer valer a sua moral, fizer valer os seus objetivos e fizer valer a voz das pessoas que você está representando. O que a sociedade quer é que você faça o seu melhor trabalho possível, com ética e vontade de fazer a diferença. Precisamos de gente séria que vá lutar contra muitas coisas contrárias, sabendo que realizar é muito difícil. Fazer acontecer, fazer mudança de fato na vida das pessoas, é possível, desde que você tenha boa vontade, disposição, tenacidade, resiliência para resolver os problemas e acima de tudo vontade de fazer o que sua população espera de você.

 

O sr. acredita que o cenário político será de uma eleição polarizada ou com mais candidatos de oposição?

Eu acredito numa eleição polarizada, entre a minha candidatura e a candidatura do atual prefeito. Já existiu a polarização entre nossas candidaturas na vez passada. Ninguém conseguiu ocupar este lugar de principal adversário na cabeça do povo do que eu. Nosso confrontamento é mais claro e explícito e já foi assimilado pela maioria das pessoas. Os outros pré-candidatos terão muito mais trabalho de convencerem a população de que são verdadeiros antagonistas do prefeito, pois, salvo momentos pontuais e algumas exceções, deram suporte para o prefeito durante seu governo.

Os presidentes de partidos políticos e assim como os seus pré-candidatos, além dos atuais vereadores foram deixados de lado neste governo, pelo menos em sua maior parte, contrariando os acordos feitos na eleição em 2016. Não conseguiram governar ou ao menos interferir na gestão como prometido na coalizão daquele ano. Não acredito que todos que estiveram naquela coligação irão deixar-se enganar mais uma vez.

O prefeito, todos sabem, não escuta quase ninguém.  Dificilmente se reeleito for, fará uma gestão compartilhada. Aqueles que lá estiverem não terão voz no governo. E promessa não irá faltar. Talvez por acreditarem em apoio a candidaturas à câmara, alguns pensem que o melhor a fazer é estar na reeleição do Tião. Mas a insatisfação é grande, principalmente na população mais carente e ele não é imbatível, pelo contrário, costuma perder bastante intenção de voto durante a corrida eleitoral.

Minha intenção é fazer um governo com aliados que consigam enxergar como eu, uma sequência de governo, para além dos quatro ou oito anos. Minha conduta, assim como era do meu pai, é dar espaço para as lideranças, promover o crescimento de representação política para tornar o município, e também a região, fortes e mais independentes de Belém.

O objetivo principal é fazer Marabá voltar ao caminho de desenvolvimento, pensando no protagonismo regional, no bem-estar da população e com um futuro de riquezas e bênçãos para nossa gente.

Vou buscar conversar com os todas as representações políticas para que venham fechar comigo, e assim possam participar de um governo novo, mais humanizado, mais equilibrado, que saberá ouvir o contraditório e ponderar para conseguir soluções de consenso.

que saberá ouvir o contraditório e ponderar para conseguir soluções de consenso.

Tenho a consciência que o desafio de governar Marabá não é para uma só cabeça. Na verdade, precisamos de união e coração. Caso não consiga os apoios, apesar de não ser do meu interesse, mas, se necessário for, tenho a disposição de disputar sozinho, pois acredito que possa fazer muito mais por Marabá,  com ajuda de Deus e com o apoio do povo.

 

Nota do blog: as fotos de Manoel e seu pai Dr. Veloso são do arquivo pessoal do médico marabaense.