Claro que só mesmo fofoca de garimpeiro para se acreditar em pressão do deputado Paulo Rocha (PT), junto à direção do DNPM, contra a assinatura da concessão de alvará de lavra para exploração mecanizada de Serra Pelada. Experiente e conhecedor dos efeitos danosos que uma ação naquele sentido pode provocar, principalmente em época de eleição, o parlamentar do PT jamais caminharia por uma pinicada do naipe.

Mas se Paulo Rocha, olhando a questão pelo lado racional e distante do estágio puramente eleitoreiro, movesse seu prestígio em Brasília para desarticular a grande bomba que se arma no garimpo, ao interesse pessoal de lideranças perigosas, não faria nenhum mal ao Estado do Pará.

Contrariamente, o Pará ganharia muito.

Quem conhece essa corja que usa os sexagenários de Serra Pelada buscando exclusivamente ganhar dinheiro de forma desonesta, sabe que a reativação do garimpo reativará, também, os núcleos de tensão que ali sempre existiram.

Agora, com bem maior intensidade, já que ali ninguém lidera ninguém.