O ex-deputado federal e atual Superintendente do Incra-Marabá, Asdrubal Bentes, confirmou agora há pouco ao blogueiro que deixará o Incra dia 2 de abril, desincompatibilizando-se  para disputar uma vaga à Câmara Federal.

 

Sou pré-candidato. Não sou deputado federal, hoje, por uma decisão do STF. Não foi o povo quem me tirou da Câmara, foram seis juízes.

Asdrubal Bentes, a propósito, vem sofrendo pressões de alguns setores políticos para deixar a Superintendência do Incra.

Dois deputados federais, Simone Morgado (PMDB) e Wlad Costa (Solidariedade), trabalham nos bastidores, há meses, pela demissão de Bentes.

Este blog, ainda em março, revelou a disputa intestina travada nos bastidores de Brasília pela demissão do superintendente.

Hoje, a frente de oposição à Asdrubal conta com a participação de Wlad e da FNL (Frente Nacional de Luta), além de Simone.

O deputado federal Wlad é uma das lideranças do Solidariedade, partido ao qual foi entregue a direção do Incra, e que não aceita ser excluído do protagonismo do instituto de terras.

Nos bastidores, credita-se as recentes movimentações da FNL, invadindo propriedades e bloqueando estradas, a estratégias voltadas para desgastar o trabalho de Asdrubal na Superintendência do Incra, no Sul do Pará.

Como se sabe, a FNL é liderada nacionalmente pelo sindicalista José Rainha, que há alguns dias encabeçou comissão de sem-terras, presentes ao gabinete do presidente do Incra,  Leonardo Góes Silva, exigindo a saída de Asdrubal Bentes.

Através de deputado federal sintonizado com o teor do encontro, consta que  o próprio Zé Rainha teria colocado a queda de Bentes como um dos itens da pauta da reunião.

Leonardo Góes Silva teria respondido aos participantes do encontro que Asdrubal seria demitido do Incra, “dia 1o. de abril”, usando esses termos, em  verdade, referindo-se a data limite de desincompatibilização  do cargo, já que o marabaense pretende disputar a eleição de outubro.