Conforme foi anunciado há 12 dias, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) volta a recomendar que os 144 municípios paraenses prossigam com a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo até o dia 21 de setembro.

O objetivo é fazer com que o Pará atinja a meta de 95% de crianças imunizadas, o que é preconizado pelo Ministério da Saúde. Até o final da manhã desta quinta-feira (13), o percentual de crianças vacinadas já havia chegado a 90% no Estado. Em Belém, a meta já ultrapassou os 98%.

A tendência é que esse número aumente porque o sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem sido alimentado de forma contínua pelos profissionais dos municípios que executam a campanha.

A prorrogação da campanha no Pará foi uma determinação do Ministério da Saúde aos Estados que ainda não atingiram a meta.

Apesar do órgão federal ter estipulado até o dia 14 de setembro, o Pará optou por seguir até o dia 21 para atender aos municípios que ainda estão com coberturas baixas.

Nesse sentido, a Sespa orienta as Secretarias Municipais de Saúde a adotarem outras estratégias, como a busca ativa de crianças em escolas e nas residências por meio das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), além de flexibilização do horário de funcionamento de salas de vacinas em locais estratégicos.

A Campanha de Vacinação começou no dia 6 de agosto.

Até às 10 horas desta quinta-feira (13), um pouco mais de 535 mil doses de vacina contra a poliomielite foram aplicadas em crianças de todo o Pará e outras 536 mil serviram para prevenir o sarampo.

Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida devem receber a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a gotinha.

Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice Viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

A Sespa orienta ainda que as secretarias municipais de saúde mantenham o sistema de informação devidamente atualizado para ter conhecimento da real situação da cobertura vacinal no Pará.

Segundo nota técnica do Ministério da Saúde, a intensificação dessa campanha deve-se a uma redução das coberturas vacinais verificada em todo o país em função de vários motivos, como o próprio sucesso do Programa Nacional de Vacinação, que causou no país a falsa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar; o desconhecimento individual de doenças já eliminadas; horários de funcionamento das unidades de saúde incompatíveis com as novas rotinas da população; circulação de notícias falsas na internet e por meio do aplicativo Whats App, causando dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas; bem como a inadequada alimentação dos sistemas de informação.