A operadora de Internet Oi, agora denominada Nio -, não se dignou a realizar  nenhum procedimento para mudar de endereço residencial o serviço de Internet que vinha prestando a este blogueiro – solicitado diversas vezes através de contatos com o tal atendimento virtual da empresa.

Diversas dificuldades foram colocadas pela OI para alterar o endereço, entre elas questões técnicas.

Só que o local solicitado para mudança de endereço é no próprio condomínio onde reside o assinante deste blog. Ou seja, saiu de um prédio para outro localizado à frente do antigo, bastando atravessar a rua.

Pior, como o blogueiro necessita 24 horas de Internet para produzir conteúdo, por exatos seis dias nada foi publicado.

Bem sei que cancelar um serviço de telefonia móvel, fixa, internet ou TV por assinatura é sempre uma novela, em qualquer parte do país – mesmo depois de entrar em vigor a resolução da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que determina o cancelamento automático.

Só que não ser atendido um pedido de mudança de endereço para um local sabidamente coberto pelos serviços da operadora, aí foi o fim da picada.

Como tenho consciência de que a luta agora vai ser conseguir cancelar a cobrança mensal dos serviços da OI que não são mais utilizados,  já estou me preparando para acionar juridicamente a operadora junto ao Procon, Anatel e justiça comum.

 

Liga, liga, liga….

No corre-corre para conseguir instalar um serviço de Internet em substituição a Oi, também outra travessia de seara psicológica foi encarada por este escriba.

Até comprar serviços das operadoras a gente encontra uma série de obstáculos, pacientemente apertando números das teclas de celular nos papos  “assertivos” com os  tais atendimentos virtuais, sob o comando das IAs.

Diveras sugestões foram dadas por amigos e vizinhos:

“Liga pra Claro!”

“Tenta a Vel Fibra!”

“A Fibralink pode atender rápido!”

“Já ligou pra MSFIBRA?”

“Não, cara, a  WLAN FIBRA atende de boa..”

 

E haja tentativas e as respostas eram variadas: sem caixa de distribuição de sinal no local, ainda não foi esticado fibra no condomínio, só pode instalar o serviço em 15 dias…

Aí é quando a gente se depara com o acaso.

 

Agradável descoberta

Num final de tarde, atravessando a rua do condomínio onde moramos, casualmente observo uma mesinha com  um banner da operadora Vivo. Sentada no local, uma jovem fazia anotações. Curioso e aflito para conseguir contratar Internet, a pergunta inevitável:

 

– Você pode me informar onde posso manter contato na Vivo para pedir instalação de internet?

– Aqui, comigo – respondeu a simpática jovem Mikaelly Santa Brigida, trabalhando há um ano na área comercial da operadora.

Caramba, no meio da rua, tete-a-tete com o cliente, coisa que não se vê mais!

Rapidamente, fiz um relato do que estava acontecendo comigo, as dificuldades para instalar uma internet, essas coisas.

Mikaelly foi sensível o suficiente para entender que eu estava na urgência de conseguir um serviço essencial à minha profissão. Passava das 5 da tarde, o expediente do dia acabando.

Em dez minutos, a garota revelou toda sua eficiência fazendo a venda do serviço com simples toques no celular dela.

Quando a venda se configurou com o envio, pela Vivo, do contrato assinado digitalmente, Mikaelly ainda fez um ultimo esforço para tornar o final do meu dia menos estressante: -“Vou ver se consigo ainda instalar hoje sua Internet!”, disse.

Bem que tentou, mas uma das equipes técnicas da operadora que se encontrava em campo próximo ao nosso endereço, havia acabado de assumir uma outra instalação.

 

Apaixonada por venda

Dia seguinte, o serviço da Vivo foi instalado em meu apartamento.

O rápido contato com Mikaelly mostrou a face sadia do seu profissionalismo. Ela foi a prova de que uma coisa é ser persuadido, outra é ser manipulado de forma negativa.

Os bons vendedores são claros e demonstram a intenção de ajudar desde o início.

A jovem colaboradora da Vivo é a comprovação dessa verdade.

19 anos, Santa Brigida disse ser apaixonada pela área comercial.

“Desde pequena sempre tive uma mente empreendedora, gostava de vender pequenas coisas como desenhos, acessórios e outros produtos. No entanto, nunca imaginei que trabalharia com vendas e atendimento ao público, pois era muito tímida e reservada”, diz.

Persuadir, o foco principal do contato dela com clientes.

“Curiosamente, quando o assunto era vender, eu desenvolvia uma habilidade natural de persuasão e conseguia me comunicar com facilidade. Com o tempo, percebi que precisava mudar esse meu jeito de ser, mas só consegui de fato quando fui contratada pela Vivo. Nesse período, adquiri diversas experiências na área comercial e fiquei ainda mais encantada com o universo das vendas. Meu objetivo é continuar nesse setor, mas futuramente com o meu próprio negócio, atuando com a comercialização de medicamentos após a conclusão da minha graduação em Farmácia”, sonha a jovem vendedora.

O legal de tudo isso, é que eu ganhei rapidamente a instalação de Internet no meu novo endereço, agora com nova operadora, e de lambuja a presença pontual de Mikaelly, quando necessitar de um suporte pós-venda.

Ela está com seu posto de atendimento bem abaixo do meu nariz. Ou melhor, na calçada do meu prédio.