A Universidade Federal do Pará (UFPA) será o lar da “Aldeia COP”, um acampamento destinado a reunir comunidades indígenas de várias regiões do planeta durante a COP30, programada para novembro de 2025 em Belém. Este espaço contará com capacidade para mais de 3 mil pessoas, servindo como um ponto de encontro para discussões e ações relacionadas à justiça climática.
Na última sexta-feira (8), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, anunciou durante a quinta reunião da Comissão Internacional de Povos Indígenas que espera-se que esta seja a edição com o maior número de participantes indígenas na história da conferência.
“Estamos solicitando à presidência da COP a inclusão de 500 indígenas das diversas regiões do Brasil e outros 500 de diferentes países, todos com credencial na Zona Azul. Com a adição dos participantes da Zona Verde e da Cúpula dos Povos, nossa expectativa é reunir cerca de 3 mil indígenas em Belém”, afirmou Guajajara.
Para se alojar na Aldeia COP, deverá ser encaminhada uma relação de participantes à Comissão Internacional dos Povos Indígenas, que cuida da comunicação com a presidência da COP30, em razão da restrição de espaço. O objetivo é assegurar não apenas uma presença significativa, mas também enriquecer a qualidade da participação indígena, promovendo intercâmbios diretos com líderes e entidades internacionais.
Além dos representantes indígenas do Brasil, também estarão presentes grupos de nações que pertencem à bacia amazônica, incluindo Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname, Guiana, Guiana Francesa e Venezuela. O objetivo é salientar os perigos enfrentados por seus territórios e evidenciar o papel dos povos nativos no enfrentamento da crise climática.
O encontro desta sexta-feira também tratou da colaboração com outras equipes de trabalho, como a de Finanças e a de Balanço Ético Global, além da utilização de ferramentas digitais para aumentar a participação dos indígenas nas discussões da COP30. (Foto: Acervo UFPA)