Em 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a juíza Mônica Maciel, responsável pela 1ª Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes em Belém, emite um aviso sério: a maior parte dos casos de violência sexual infanto-juvenil acontece no ambiente familiar. “Acima de 90% dos agressores são pais ou padrastos das crianças afetadas”, declara.

As informações, conforme a juíza, refletem um padrão constante nos casos que são apresentados à vara específica, que atualmente recebe cerca de 70 novos processos mensalmente a maioria deles envolvendo meninas com até 13 anos.

Em uma conversa com o Grupo Liberal, a magistrada enfatiza a relevância de ouvir as vítimas de maneira adequada e a necessidade de punir os agressores, assim como a urgência em intensificar as iniciativas de prevenção.

Com isso, percebemos a importância de estabelecer uma vara dedicada a esse tipo de situação,” destacou.

Ela acredita que a melhor maneira de enfrentar esses delitos é por meio da educação, tanto para os adultos quanto para as crianças. Um exemplo é o projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, que ela coordena e que promove discussões sobre abuso sexual nas escolas.