A concessionária de estradas Rota do Pará, que opera no Estado do Pará, informou que começará a implementar a cobrança de pedágios na rota entre Marabá e Belém.
A partir da meia-noite do dia 01/08, começará a fase de testes, também chamada de “pedagógica“, nas praças de pedágio 1, 2, 7 e 8. Durante esse período, não haverá tarifas e o objetivo será orientar os condutores sobre como utilizar as praças de pedágio e os serviços oferecidos. A cobrança começará à meia-noite do dia 15/08/2025.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seinfra) informou que a cobrança só será iniciada após a realização de uma vistoria que confirme a finalização das obras de modernização e revitalização das estradas.
A concessão de 526,2 km de rodovias (incluindo a PA-150, PA-475, PA-483, a Alça Viária, além de partes da PA-252 e PA-151) à empresa privada Rota do Pará traz a expectativa de maior segurança e manutenção regular ao longo desses trechos. Serão implementados pontos de descanso para motoristas, banheiros para cuidados pessoais e diversas outras melhorias em infraestrutura e segurança.
Segundo a empresa, a meta é converter os trechos comprados em trajetos que ofereçam maior segurança no trânsito, redução de congestionamentos e suporte ininterrupto de guinchos e ambulâncias.
Nos primeiros 15 dias, grupos da concessionária estarão disponíveis nas praças de pedágio 1, 2, 7 e 8 para informar os motoristas sobre o funcionamento e os serviços fornecidos.
As tarifas serão anunciadas pela Agência de Regulação e Controle do Transporte Público (ARTRAN) antes que a cobrança comece. Todas as modalidades de pagamento estarão disponíveis, incluindo a possibilidade de utilização de TAGs para cobrança automática, que proporcionam descontos crescentes para usuários regulares. Vale ressaltar que as motocicletas não precisam pagar.
Aplicações de R$ 3 bilhões ao longo de três décadas.
A partir de agosto de 2024, a Rota do Pará passou a ser responsável pela concessão das rodovias PA-150, PA-475, PA-483, Alça Viária, assim como de partes das PA-252 e PA-151, com um compromisso de realizar investimentos em melhorias, conservação e atualização ao longo de três décadas.
Wilton Filho, que ocupa o cargo de diretor-presidente da Rota do Pará, ressaltou o progresso na concessão: “Em menos de um ano, os investimentos ultrapassaram R$ 245 milhões em melhorias, incluindo reparos, sinalização, limpeza e serviços de inspeção e emergência”. Ele afirmou ainda que o segundo ciclo de investimentos, previsto entre 2026 e 2030, irá incluir a ampliação da capacidade e novas modernizações, enquanto o terceiro ciclo, de 2031 a 2054, será voltado para a manutenção e obras complementares.
O programa inclui reduções de preço crescentes para aqueles que utilizarem regularmente as pistas automáticas com TAGs, compradas diretamente com as operadoras. “Reconhecemos a relevância das motocicletas para a comunidade, principalmente em regiões rurais, e por isso elas não pagam o pedágio”, declarou Wilton Filho.
Os fundos coletados serão investidos em projetos como a duplicação de vias, a construção de acostamentos (com mais de 240 km planejados), passarelas e cruzamentos, além de proporcionar serviços fundamentais, como guinchos e ambulâncias disponíveis 24 horas por dia, juntamente com sistemas de monitoramento sofisticados. Em situações de emergência, o atendimento pode ser acessado pelo número 0800 150 1150, que também está disponível pelo WhatsApp.
As reformas já podem ser observadas em mais de 500 km das estradas, atingindo várias localidades, como Abaetetuba, Marabá e Tailândia. A previsão é que o empreendimento traga R$ 2,6 bilhões em tributos para setores como saúde, educação e segurança, além de uma economia pública de R$ 2,9 bilhões.
“Com a implementação de acostamentos e outras melhorias, nossa expectativa é diminuir as taxas de acidentes e incrementar a segurança nas estradas”, destacou Wilton Filho. Desde que assumiu a concessão, já foram feitos mais de 2 mil atendimentos de emergência, assegurando uma resposta ágil para situações de acidentes e imprevistos.