As construções da nova ponte que conectará os estados do Tocantins e Maranhão pela BR-226 alcançaram 35% de progresso, conforme o comunicado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). A estrutura anterior colapsou em dezembro de 2024, resultando em 14 fatalities, três desaparecidos e uma pessoa ferida.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira está situada entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O incidente ocorreu em 22 de dezembro do ano anterior. O que sobrou da estrutura foi destruído em 2 de fevereiro, e em seguida, as obras tiveram início.
De acordo com o DNIT, as fundações foram finalizadas e o consórcio encarregado da obra está agora focado na execução da mesoestrutura, que inclui a edificação dos pilares e das travessas.
O Departamento ressaltou que a região já possui 24 fundações concluídas e 18 dos 26 pilares finalizados. As equipes continuam a instalação de 45 vigas pré-moldadas. O cronograma do projeto prevê que nas fases seguintes sejam instaladas 2.088 pré-lajes pré-fabricadas, o que, segundo o DNIT, vai acelerar o processo de construção.
No momento em que foi firmado o contrato com o consórcio encarregado da obra, o DNIT comunicou que, de acordo com o planejamento, a nova edificação terá 100 metros a mais em comparação com a anterior, totalizando 630 metros e um vão livre de 154 metros. A conclusão da obra está prevista para o dia 22 de dezembro deste ano, com um aporte financeiro de R$ 171,9 milhões por parte do Governo Federal.
A tragédia da ponte desabada
A seção da ponte desabou em 22 de dezembro de 2024, aproximadamente às 14h50. Um vereador de Aguiarnópolis, que havia alertado sobre as condições críticas da estrutura, registrou o acontecido.
Duas picapes, um automóvel, três motocicletas e quatro veículos de carga estavam passando pelo local no momento do incidente e acabaram caindo no rio. Três desses veículos de carga transportavam ácido sulfúrico e produtos químicos agrícolas. Uma pessoa conseguiu sobreviver, 14 perderam a vida e três continuam desaparecidas.
Para que a nova ponte pudesse ser erguida, foi necessário realizar a implosão das seções restantes da Juscelino Kubitschek. Foram utilizados 250 kg de explosivos, e o processo levou aproximadamente 15 segundos.
Na imagem, estágio em que se encontra a construção da ponte entre o Tocantins e Maranhão (Foto: Divulgação/DNIT)