Marabá ostenta a garbosa denominação de município paraense que mais oferece oportunidades de trabalho e renda. Há controvérsias, no entanto, quanto aos efeitos na realidade desse fato.
Nos últimos seis anos como não se mediu de novo o IDH brasileiro, Marabá é uma decepção quando se pega a última medida comparativa de pobreza, esperança de vida, educação, alfabetização e outros fatores que compõem o seu Índice de Desenvolvimento Humano. O município se nivela a outros como Curuçá, Chaves, Magalhães Barata, Marituba, Medicilândia, São Félix do Xingu, Uruará e Terra Alta, estacionados em 0,71. Bem abaixo da média nacional que é de 0,76 e inferior a outros 18 municípios paraenses -, cujo melhor índice encontra-se em Belém com 0,81.
São fatores dessa natureza que impacientam este poster. O desenvolvimento de uma comunidade não pode ser medido apenas pelo volume de massa asfáltica distribuída ou pelo elevado número de obras de concreto propagandeado.
Se o próximo IDH de Marabá a ser medido pelo IBGE apontar diferenças positivas em relação ao índice medido em 2000, a gestão de Sebastião Miranda pode ser um marco. Caso contrário, será fiasco misturado a mico.