O anúncio oficial da abertura da licitação para as obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins, para viabilizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins, foi feito na tarde desta quinta-feira (20), em Marabá, pela presidente Dilma Rousseff, na presença do prefeito João Salame, do governador do Pará, Simão Jatene, de ministros e outras autoridades federais, estaduais e municipais, além de parlamentares.
Na solenidade, a presidente entregou ainda 110 máquinas, entre caminhões e motoniveladoras, para 89 municípios paraenses, destinados à manutenção de estradas vicinais.
Em seu pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff destacou o respeito e o diálogo que vêm marcando as relações institucionais. “Na democracia, temos diferenças de visões políticas, mas todos nós devemos conviver de forma harmônica”, disse a presidente, Dilma garante derrocagem do Tocantinao afirmar que a determinação em trabalhar em favor do Pará, e do Brasil, é conjunta. “Esta licitação que hoje estamos lançando é fruto disso. Foram todas as lideranças que lutaram, que foram lutadores por essa questão do Pedral do Lourenço”, reiterou Dilma Rousseff.
Investimentos – Segundo Dilma Rousseff, com a hidrovia poderão, finalmente, ser viabilizados os investimentos privados previstos para a região. “A Vale (empresa responsável pela implantação de uma siderúrgica em Marabá) sempre disse assim: precisamos de logística. Pois bem, a logística que agora vamos ter com a hidrovia é a melhor possível”, ressaltou a presidente.
Dilma Rousseff disse, ainda, que a Hidrovia Araguaia-Tocantins é um símbolo, e deve iniciar uma série de medidas do governo brasileiro para estimular a logística em modais alternativos, desafogando as rodovias. Segundo ela, a intenção é justamente inverter o eixo e o fluxo de produtos para exportação. “A hidrovia tem um custo 50% menor que as rodovias. Apenas um comboio com quatro balsas e um rebocador pode transportar seis mil toneladas. Se esse volume de produto que vai ser exportado fosse embarcado em carretas, seriam 172, ou 26 quilômetros de caminhões. Está claro que a hidrovia é um excelente modal e vamos ter uma mudança do eixo, desafogando os portos de Santos, em São Paulo, e de Paranaguá, no Paraná. Este é o século do Norte”, afirmou a presidente.
Compromisso mútuo – O governador Simão Jatene ressaltou a importância do momento, e enfatizou que as diferenças não poderiam, jamais, ser maiores que o compromisso mútuo de desenvolver o Estado e combater a pobreza e a desigualdade. “Defendemos causas, e não coisas. E vejo que neste momento estamos justamente trabalhando assim, por uma questão maior, e que é muito cara para o desenvolvimento da região, do Estado e também do País, uma vez que nossa logística vai beneficiar outras regiões também, além do nosso próprio Estado”, destacou o governador do Pará.
Ao defender o desenvolvimento do sudeste paraense, o governador lembrou que muitos dos que vieram para o Estado o fizeram incentivados por um sonho, que ainda precisa ser realizado. “Muitos dos que aqui estão sabem das dificuldades enfrentadas todos os dias, e sabem que o trabalho coletivo é que pode resolver os nossos desafios. A hidrovia certamente vai ajudar nesse sentido, mas também ressalto a entrega das máquinas que, com certeza, vão ajudar os trabalhadores rurais, aqueles que tanto se dedicam para que sua produção chegue à mesa das pessoas”, destacou Simão Jatene.
O ministro dos Transportes, César Borges, disse que o Brasil está crescendo e produzindo, mas ressaltou que “não adianta nós crescermos e produzirmos mais se não tivermos logística para escoar nossa produção. Mais que isso: a logística incentiva os novos investimentos, e mais produção e emprego”.
O ministro também detalhou como serão as obras de retirada do pedral. “São 43 km de derrocamento, com um canal de 145 a 160 metros de largura, onde será assegurado um calado mínimo de 3 metros em qualquer dia do ano, para que flua a navegação por ali”, informou.
Com o derrocamento, a rota na hidrovia passará a ter capacidade nominal de transportes de até 20 milhões de toneladas/ano para 2025, em grãos, minérios e outros produtos. A obra será licitada por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que permite a contratação integrada. Pelo cronograma do Ministério dos Transportes, a conclusão das obras está prevista para 2018.
Equipamentos – A entrega das 110 máquinas integra a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) Equipamentos. Foram entregues as chaves de 80 caminhões-caçamba e 30 motoniveladoras, adquiridas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e repassadas a 89 municípios, com menos de 50 mil habitantes.
De acordo com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, esse maquinário auxiliará a manutenção contínua das estradas vicinais, favorecendo o escoamento da produção e o melhoramento da mobilidade no meio rural.
“Com estas máquinas, os prefeitos vão poder construir estradas por onde circulam os ônibus escolares, as ambulâncias, as mercadorias e as pessoas, gerando mais desenvolvimento e qualidade de vida no campo”, destacou a presidente Dilma Rousseff.
Mais Médicos – A presidente Dilma Rousseff afirmou, em discurso em Marabá (PA), que sabe da “qualidade do atendimento que está sendo dado à população brasileira” por meio do programa Mais Médicos. A presidente também agradeceu a todos os médicos participantes do programa que vieram do exterior, especialmente aos cubanos.
Em defesa do programa, a presidente disse ainda que não pode esperar pela formação de médicos para cuidar da população, e, se fizesse isso, seria inepta. “Uma obra até pode esperar um pouco. Eu passo os dias brigando para obra não esperar, mas eu tenho que passar todos os minutos da minha vida como presidente para que o povo brasileiro não espere”, disse.
Dilma acrescentou que, pelos cálculos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o número de profissionais dentro do programa no País alcançará 13.225 em abril. “Teremos coberto de forma efetiva 46 milhões de brasileiros, de uma população de 200 milhões”, disse.
Em seguida, a presidente reforçou a importância da educação para o desenvolvimento do País. Dilma disse que seu governo e de Lula terão elevado para as classes médias 42 milhões de pessoas. “Mas é um fato que temos de garantir que isso se perenize, se eternize e se mantenha de forma sustentável. E só tem um jeito: educação, educação e mais educação.
Prefeito “pidão” – A presidente Dilma Rousseff afirmou, em seu discurso, que seria estranho que um prefeito não fosse “pidão”, referindo-se, em tom de brincadeira, à provocação anteriormente feita pelo prefeito João Salame: – (“Todo prefeito é pidão e não posso decepcionar a senhora, por isso tenho que pedir alguma coisa”.
Respondendo a Salame, a presidente da República disse:
“Aqui em Marabá nós temos tido uma parceria muito boa. Quero dizer para o prefeito que eu acho que o prefeito tem mesmo é de ser pidão. Não vejo nenhum mal… Seria estranho se um prefeito não fosse pidão. Agora, né, prefeito, distribua a pidãozice, entre mim e o governador. Dá uma força também”, disse a presidente, reforçando pedido para que Simão Jatene assinasse, também, convênios com a prefeitura de Marabá
Instantes depois, ainda no discurso, Dilma voltou a falar sobre o tema e disse que investimentos em educação são os “pedidos pidões” de que ela mais gosta.
“Cumprimento o prefeito por me pedir três escolas de tempo integral. É aquele pedido pidão que mais gosto, um pedido pidão para mudar a vida das pessoas aqui de Marabá”, afirmou Dilma
Dilma defende Jatene – A presidente Dilma Rousseff defendeu o governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), das vaias recebidas por ele durante a cerimônia. “Temos de lutar para que todas as pessoas tenham direito de falar, de externar sua opinião”, disse a presidente.
O governador tucano foi vaiado pelo público, formado predominantemente por representantes de movimentos sociais, desde o início do evento. Em dado momento de seu discurso, Jatene chegou a ser chamado de “mentiroso” por parte da plateia.
Dilma afirmou que o país, “com muito esforço”, conquistou a democracia, o que, de acordo com ela, necessariamente, implica reconhecer a diversidade do país, inclusive em posições políticas e visões culturais distintas. Em sua avaliação, “brigar” na democracia tem que ser pelo próprio regime democrático e “contra a desigualdade.”
Otasnes
24 de março de 2014 - 09:27Opa, Djalma Guerra, quer dizer que a minha moral está desqualificada pelo fato de eu usar um pseudônimo!?
Djalma Guerra, queria fazer-lhe uma proposta. Se eu sou (i)moral, por não usar o meu nome, FAÇA A MORAL! E seja moral criticando não o meu nome, mas sim o que digo!
Donner
21 de março de 2014 - 11:18Tudo bem que o Játeve estava em seu papel, mas que esse é cara de pau é. Aqui em Marabá ganhamos de presente a iluminação da transamazônica, o Anizio Teixeira que está desde 2010 em reforma e cala te boca Carajás com “HANGAR de Marabá”, apenas isso. Ei governador desafio o sr a asfaltar apenas 50km em Marabá.
Otasnes
21 de março de 2014 - 09:58Opa, a Dilma tá certa num ponto, são 4 universidades federais, não mencionei a UFRA! kkkkk
Otasnes
21 de março de 2014 - 09:24Mudam se os personagens, mas o cenário jamais! Em 2010, com o mesmo, ou pior, fervor, anunciou-se a vinda do então presidente Lula em Marabá anunciando a ALPA e a Derrocagem do Lorenção, ademais o então presidente ratificou seu compromisso em asfaltar a Transamazônica até a Altamira!
Mudam-se os personagens, mas o cenário jamais!
Em 2014, a PresidentE Dilma, vêm como pré-candidata à re-eleição em Marabá e promete o que? DERROCAGEM DO TOCANTINS, para viabilizar a ALPA.
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Pequeno parêntesis para fechar o comentário, Hiroshi Bogéa, meu caro, poderias analisar a propaganda oficial do governo federal nas ações no Pará, tá muito cômico, erros são gravemente cometidos na prova do total desconhecimento da causa, cito:
1- ‘Universidade Federal do Oeste’, bem a UFOPA, na verdade é sim do Oeste, mas do Oeste do PARÁ, que bem notemos;
2- “o Pará conta no total com 4 universidades federais ‘E’ o Instituto Federal do Pará”, vamos fazer a soma UFPA + UFOPA + UNIFESSPA = 3! São 3 Universidades Dilma!!!
3- ‘e na educação infantil, o Pará já conta com dezenas de creches’ — E a própria propaganda veicula que na verdade apenas 7 estão concluídas, isto é, NENHUMA DEZENA!
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Djalma Guerra
22 de março de 2014 - 12:21Otasnes inicialmente para ter moral creiticar alguma coisa você deveria assumir sua identidade e não se esconder atrás de um nome que na verdade é sensato ao contrario e de sensato você não tem nada.