Quem a conhecia, sabe da importância da vida dela na vida de muita gente necessitada.
Não bastava ser amiga: bastava precisar de um apoio, de uma “ajudazinha” , que lá aparecia tia Nazaré, com sua bondade e vocação religiosa para interagir com seus semelhantes exatamente da forma que aprendeu: com compreensão, sinceridade, respeito e amor.
Quem a conheceu de perto, sabe.
Exemplo de mulher extraordinária, que apesar de sua aparente fragilidade física, enfrentou de corpo e alma a vida, soube com sua paciência franciscana conduzir com dignidade, a família -, formada por quatro filhos maravilhosos : Jorge Bichara, Georgina, Evaldo e Hiran Junior (falecido).
Os filhos não querem, de jeito nenhum, a revelação dos préstimos humanitários realizados ao longo da vida, por tia Nazaré.
Consideram essa retidão um estilo próprio de viver, razão maior de sua existência, sem necessidade de chegar ao conhecimento público.
Mas as pessoas por ela atendidas nos momentos mais difíceis, jamais deixarão de contar o quanto lhes são gratas.
Na manhã desta terça, no local onde seu corpo está sendo velado, dona Maria, do bairro Santa Rosa, me segredou:
– Nazaré soube que minha neta estava doente, muito mal, e eu sem um tostão para fazer alguma coisa… Numa manhã, ela chegou com uma amiga e colocou na minha mão um dinheiro que serviu para levar minha neta ao médico.
E assim são as histórias que se ouve dela.
Problemas de pessoas doentes, alguém que tinha sua conta de energia atrasada ou um carnê de loja inadimplente, tia Nazaré, caladinha, sem nenhum alarde, chegava junto – e nem tinha sobra financeira que lhe permitisse excessos.
O coração falava mais alto, o lado humano guiava suas atitudes, dividindo o pouco que tinha disponível da aposentadoria.
Se a palavra altruísta revela aquele que faz pelos outros em detrimento de si, tia Nazaré era assim.
A simples presença dela irradiava vibrações elevadas, seu sorriso aberto, de pessoa feliz e abundante.
Pode parecer, a muitos, que ser bom tem sempre uma conotação de auto-sacrifício.
Tia Nazaré era boa -, e todo gesto de bondade não lhe rendia nenhum sacrifício.
Porque seu coração sempre falava mais alto, batucava a favor do semelhante, e era isso que lhe dava satisfação, redobrando as batidas de seu coração.
Alcançar a vibração de Amor e Apreciação e atrair tudo de melhor que a vida tem a oferecer é o mais alto nível de bondade.
Assim, pela vida, passou tia Nazaré Bichara.
Casada com Hiran Bichara Gantus, ela era filha de libaneses.
Os filhos do casal, Jorge Bichara – presidente da Unimed Sul do Pará, secretário de Agricultura de Marabá e presidente da Fundação Zoobotânica -, Evaldo Bichara, ex-vereador e ex-deputado estadual -, Georgina Bichara Pinheiro, esposa do falecido médico Antonio Pinheiro, conselheiro do Conselho Federal de Medicina; e Hiran Junior.
Tia Nazaré Bichara Gantus faleceu de parada cardíaca nos braços do marido, às 4h, depois de se sentir mal, e revelar ao esposo que estava morrendo.
O corpo está sendo velado na Igreja Nossa Senhora da Conceição, no bairro Novo Horizonte.
Enterro será nesta quarta-feira, 15, às 9 horas.
Osório Pinheiro
19 de janeiro de 2014 - 12:00“Meu anjo, você partiu. Se foi e me deixou com o coração triste e a alma vazia.
Você foi um anjo de luz e de bondade. Foi meu exemplo de humildade maior que jamais, para o resto da minha vida, vou esquecer.
Quem te via naquele corpo magrinho e de aparência frágil não imaginava o tamanho do teu coração.
Fostes, como poucos, a essência do que de melhor o PAI fez na face da terra.
Descrever você é tarefa árdua e difícil e acho que até que o mais sensível dos poetas teria dificuldade em achar as palavras para fazê-lo. Mesmo assim, sem medo de errar, diria que fostes bondosa, amiga, caridosa, humilde e sábia.
Nunca vou te esquecer, minha avó amada e, do nosso último abraço, guardarei seu perfume e seu sorriso lindo e sincero.
Vai, voa, voa muito alto e volta para a casa do nosso PAI.
Tenho a certeza de que fostes recebida em festa pelos anjos e pelos nossos que aí já se encontram na vida eterna.
Sei que estás feliz e em paz com o teu coração. Sei também que estás cercada de todos que já partiram e que, assim como nós, tem amavam incondicionalmente.
Eu, por enquanto, fico aqui. Mas terei forças porque me deixastes de herança o conhecimento da FÉ que tu você sempre me lembrava nas horas mais difíceis.
Com ela, vou curar minha dor e aguardar nosso reencontro na casa do PAI, e aí, será para sempre.
Te amo.
Seu neto”
Osório P.
Francisco Sampaio Pacheco
15 de janeiro de 2014 - 10:13Eis aqui um comentário que eu não gostaria de tecer
Quando foi noticiado o falecimento dessa Senhora de nome Nazaré, vi o tempo paralisar por um instante, e uma fita voltar dentro do meu ser. Meu vocabulário está aquém para exaltar essa SENHORA. A fita voltou e vi por muitas tardes no seu dia a dia ela de prosa com sua comadre minha mãe ANGELICA. Os momentos foram muitos e marcantes, e na minha consciência ela sempre esteve presente.
Aos seus filhos, netos e a todos, eu digo: havia nela um olhar de ternura, gestos nobres com a elegância de um rosto ANGELICAL!
Viver ao lado da mãe, é um tipo de eternidade que o mundo nos dá, mas que agora ela partiu para outra eternidade ao lado de DEUS, e me ponho a perguntar se ela será avaliada pelo padrão humano ou DIVINO!
Cá com meus botões me pus a pensar: desde há muito tempo me parece que ela tinha uma visão de preocupação no sentido de que viver melhor, é fazer o bem sem se importar aquém, então de forma natural acontecia naquele ser essa postura de um grande ser humano!
Tenho a preocupação de aprender a viver melhor antes de deixar este mundo, mas isso ela fazia de norma muito natural! Sei que partiu pelas mãos Deus e desconfio ela dizendo: Que a PAZ, a BONDADE possa habitar nem que seja no cantinho de cada coração humano!
Minha família sente muito essa perda. “É a dor de uma saudade que ficou” e que a família Bechara tenha força para superar essa grande dor.
Com as condolências da família Pacheco.
Saudações marabaenses, embora triste!
Francisco Sampaio Pacheco