Começaram a futricar a vida do Alexandre Pato, na Itália, país onde a imprensa esportiva é considerada a mais ‘pentelha’ do planeta. Uma simples saída dele para conhecer a vida noturna está merecendo capas esportivas.
Fico imaginando o que se passa na cabeça de um garoto adolescente originário da pobreza, de repente, colocado no olho do furacão.
Como diz Anatol Rosenfeld, desde que os jogadores passaram por uma “queda pra cima”, Pato, também, é sugado para o alto da sociedade. Levado com tudo o que tem sua história pessoal de precariedade, a uma situação onde ele circula por cima, enquanto durar essa sucção. Como “veneno remédio”, ou seja, figura do farmacós, que o futebol mobiliza intrinsecamente. É violência e não violência; é violência e superação da violência.
O futebol desperta posições de caráter racista, sexista, ao mesmo tempo em que ele é uma forma pela qual as culturas se deparam, trocam experiências, se admiram e se aceitam – em suma, jogam o mesmo jogo.
Tomara o garoto de Porto Alegre consiga superar esse “mundo novo” em seus horizontes.