Tão logo a imprensa começou a divulgar o suposto envolvimento do presidente do PSD de Breu Branco, Ricardo Pessanha, na morte do prefeito do município, Diego Kolling, pessoas começaram a usar as redes sociais insinuando o envolvimento do deputado federal Éder Mauro ao ato criminoso.

Isso porque Ricardo “Chegado”, como é conhecido o suspeito preso hoje de manhã, foi coordenador em Breu Branco da campanha do delegado licenciado, que também pertence ao PSD.

Em grupos do WhatsApp e até em perfis do Facebook alguns afobadinhos passaram a fazer suposições irresponsáveis,  ligando o nome do deputado federal ao crime.

O perfil violento do delegado licenciado, eleito deputado com maior votação do Estado, e propagador de discursos de prevalência da máxima “olho por olho, dente por dente” não autorizam ninguém a acusá-lo sem que as autoridades policiais e judiciárias concluam as investigações.

É sabido que as redes sociais abriram espaço à manifestação de uma legião de imbecis, desinformados e ignorantes políticos, mas fazer prejulgamento de alguém que talvez nada tenha a ver com o fato, é ato tão criminoso quanto o assassinato em si de uma pessoa.

Ricardo “Chegado” foi preso na manhã desta sexta-feira, 29, numa fazenda próximo a sede de Breu Branco.

O assassinato de Diego Kolling ocorreu na  Rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia.

Breu Branco é município territorialmente colado a Tucuruí, palco do assassinato do  prefeito deste município.

Bom lembrar que  João Gomes, o  “Russo”,então prefeito de Goianésia do Pará, foi morto ano passado.

Os três municípios tem em comum a distância entre si, numa raio de apenas 70 km.

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Atualização às 12:06

 

Executor e mandante do assassinato do prefeito Diego Kolling (PSD), de Breu Branco, estão entre as quatro pessoas presas na manhã desta sexta-feira, 28, em operação deflagrada pela Polícia Civil, sob o comando do delegado geral Rilmar Firmino. A ação reúne cerca de 40 policiais, entre civis e militares.

A Polícia mantém o nome do autor dos disparos sob sigilo, sendo que ele já confessou o crime e apontou Ricardo Chegado, presidente do Partido Social Democrático (PSD) de Breu Branco, como sendo o mandante do assassinato.

Neste momento, os presos estão sendo encaminhados à Superintendência da Polícia Civil, em Tucuruí, onde devem prestar os primeiros depoimentos.

Segundo o delegado geral Rilmar Firmino, o presidente do PSD foi preso em uma fazenda, dentro de Breu Branco. “Nossas equipes o prenderam na fazenda de um amigo dele. Ele tinha uma relação com o autor do crime, que havia trabalhado como tratorista para ele”, revelou.

Os outros dois presos, que também não tiveram a identidade revelada, teriam tido participação indireta, auxiliado na execução do crime. Celulares e outros objetos foram apreendidos.

A expectativa é que os presos sejam encaminhados, por volta das 15 horas, para Belém, em uma aeronave do Grupamento Aéreo da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Graesp).

Às 17 horas, na sede da Delegacia Geral, está prevista uma coletiva de imprensa, quando serão apresentados detalhes da operação deflagrada em Breu Branco, cidade localizada no sudeste paraense. (Agência Pará)