Coluna do poster publicada na edição desta terça-feira, 29, do Diário do Pará:

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Ancorando estudos
Estão bastante adiantados os serviços da Umi San, empresa de engenharia contratada pela Vale S.A, na sondagem da área onde a mineradora construíra seu porto privado para escoar, pela hidrovia, a produção da Alpa – Aços Laminados do Pará. Cerca de doze pessoas trabalham sobre uma balsa ancorada a um barco realizando estudos de navegação, batimetria, georeferenciamento, hidrografia, geofísica para servir de referencia ao projeto executivo do porto. Numa das diversas medições realizadas pela empresa, há pontos em que o calado do Tocantins, em frente à área escolhida, chega a medir 42 metros, neste período de vazante do rio.

Desapropriação DI
A Companhia de Desenvolvimento Industrial (CDI/PA) formulou proposta de remanejamento das 14 famílias residentes na Vila Alto Alegre, localizada na área onde será instalada a fase III do Distrito Industrial de Marabá, objeto de desapropriação, em contrapartida à concessão dos direitos de posse das mesmas. Como alternativa ao pagamento das indenizações pelas benfeitorias daquelas famílias, cujos valores são irrisórios, já que se trata apenas de posse, o Governo do Estado propôs o remanejamento para unidades habitacionais construídas pela CDI. Doze famílias aceitaram a proposta, assinando o termo de adesão. As duas famílias que não aderiram à proposta de remanejamento optaram por receber a indenização em moeda corrente de acordo com o laudo de avaliação elaborado pela Secretaria Estadual de Obras Públicas – SEOP.

Depósito em juízo
A negociação com os demais expropriados (na maioria chácaras, fazendas, roças e pequenas unidades industriais) está a cargo da PGE. Os recursos financeiros para pagamento dessas indenizações estão sendo liberados pela SEFA em parcelas mensais e consecutivas. A expectativa é que até dezembro deste ano, a SEFA repasse a totalidade dos recursos. O pagamento das indenizações cujos recursos já foram liberados está sendo processado via depósito judicial. É que grande parte dos expropriados ou não possui o registro dos imóveis ou não concorda com os laudos de avaliação elaborados pela SEOP. Mesmo os expropriados que resolverem questionar em juízo o valor da indenização tem a opção de sacar até o limite de 80% do depósito efetuado pelo Estado.

Empréstimo negado
O leitor recorda de nota publicada na coluna, início de setembro, dando conta do pedido de empréstimo de R$ 7 milhões ao Banco do Brasil, pela prefeitura de Marabá? Pois bem, na quarta-feira última, 23, a área técnica do BB emitiu parecer contrário, brecando a liberação da grana. Sem os avais da Vale S.A e da Buritirama, garantias exigidas pela instituição, nada feito. As mineradoras preferiram ficar distante da operação financeira, cujo montante é modesto considerando-se a arrecadação mensal do município, hoje em torno de R$ 25 milhões. Na certa, preferiram não apostar no cenário de incertezas rondando a administração pública.

Saco furado
O mais intrigante em torno desse empréstimo de R$ 7 milhões pleiteado pela prefeitura de Marabá é que Maurino Magalhães (PR) assumiu o cargo com as contas públicas do município em dia, esnobando saldo bancário de R$ 6,5 milhões apenas de recursos próprios e algo em torno de outros R$ 5 milhões de convênios. Dindin em caixa. Oito meses depois, grande parte dos fornecedores reclama de atraso em seus pagamentos, com indícios de débitos beirando a R$ 8 milhões. Temor é de que a coisa possa piorar, já que este fim de semana vence o primeiro mês do contrato de R$ 1,6 milhão para a empresa terceirizada da merenda escolar. Até dezembro último, a alimentação dos alunos custava R$ 600 mil por mês, um acréscimo de R$ 1 milhão aos cofres da prefeitura.

UMAS & OUTRAS
Maurino Magalhães e Nagilson Amoury, prefeito e vice de Marabá, desapareceram do cenário, evitando a todo custo encontrar oficial de justiça com notificação da ação que os denuncia por prática de caixa dois na campanha de 2008. Mandado de citação será cumprido via hora certa, através dos Correios, decidiu o juiz Cristino Magalhães.

Em Brasília, muitos políticos do Sul do Pará assistiram a posse de Alexandre Padilha como novo articulador político do governo.

O blog do colunista publica, nesta terça-feira, 29, análise da tendência das forças políticas distribuídas nos 38 municípios do Sul do Pará. Quem é quem na hora de pedir votos nas eleições de 2010.

Matéria sobre a conclusão das eclusas de Tucuruí publicada na edição de domingo, do Diário do Pará, será utilizada como painel do debate que estudantes da escola A Fazendinha realizarão no próximo sábado.

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