
Ao completar 40 anos, o Barco-Motor Plínio é raro símbolo vivo dos tempos dos castanhais, época na qual Marabá era o maior produtor de castanha-do-pará -, e tinha sua vida comercial limitada à Rua Marabazinho, hoje denominada de “orla”.
Construído às margens do rio Itacaiúnas pelo dono de castanhais Osório Pinheiro, a embarcação transformou-se na primeira e única obra do gênero edificada em Marabá.
Todos os demais barcos baseados na forma do Plínio, conhecida em Belém como “barco marabaense”, eram produzidos artesanalmente, em sua grande maioria, numa localidade conhecida como Carapijó, no Baixo Tocantins.
Carapijó era considerada residência dos melhores mestres-de-obra, e lá também havia facilidade para a localização da madeira ideal para a construção naval.
De todos os grandes barcos que transportavam castanha de Marabá a Belém, somente o Plínio “nasceu” em Marabá.
A quilha dele, de 21 metros, foi extraída na antiga fazenda Frades, de Nelito Almeida, atualmente fazenda Taboquinha, do Grupo Revemar.
Das mãos hábeis e criativas de Mestre Alaô Barradas, as formas dadas ao Plínio o transformaram numa das embarcações mais seguras e potente da região, além de sua postura “elegante” deslizando sobre as águas.
Com o término do ciclo da castanha, Osório Pinheiro adaptou o barco ao uso de atividades de lazer.
Na imagem abaixo, como era o barco, no dia 11 de fevereiro de 1974, quando foi colocado n´água, pela primeira vez, no rio Itacaiúnas.


Ubiratan Pantoja Pompeu
25 de junho de 2024 - 17:13Com essa história, voltei a 55 anos atrás. Éramos garotos na margem direita do rio Tocantins, quando dava 2 da tarde após tirar açaí a nós (a garotada), íamos tomar banho no rio e na canoa (casco), a gente ia pegar o banzeiro dos marabaenses, que na sua maioria disputavam as velocidades da época e a gente pegava alguns camarões e peixes que subiam no barranco com o banzeiro. Os tralhotos ( peixe de 4 olhos, com dois olhavam pra cima e dois para baixo), corriam por cima d’água desesperados de um lado para o outro. Tempo bom. Tinha um dos marabaenses, não me lembro se era o são Benedito ou são José que tinha um macaco grande que viajava com eles. Saudades, meus filhos e netos não sabem e nem imaginam de quecetou falando. Um abraço. Se alguém tiver fotos compartilhem no Facebook.
jose antonio pereira
24 de outubro de 2021 - 19:30Quem lembra do “marabaense” 3 de outubro, que era da alfândega, terror dos contrabandistas. Era o mais veloz da região.
Nelson de Almeida Brito
6 de dezembro de 2017 - 17:37Sr. Hiroshi Bogéa, sou filho de Marabá, meu nome: Nelson de Almeida Brito, filho de José de Almeida Brito (dentista, tinha um consultório ali na velha marabá, ao lado do Ibrahim Zaidan) e Corina Paula Brito. Ainda hoje, me sinto rejuvenescido ao ouvir e ler alguma notícia de Marabá antiga. Ainda tenho um amigo de infância lá, seu nome Antônio Jacques Milhomem. A família Bogéa é tradicionalíssma e o senhor ficou notabilizado ao trazer sempre a tona essas fantásticas notícias, inclusive no campo político. Um grande e forte abraço e que Deus lhe abençoe e guarde.
HENRIQUE PEREIRA LIRA
24 de junho de 2016 - 13:08MEU NOME HENRIQUE PEREIRA LIRA FILHO DE FRANCISCO VELOSO LIRA MAS CONHECIDO COM (CHICO VELHO) ELE ERA PILOTO DO TOCANTINS EU AMO MINHA HISTORIA ADORO MINHA TERRA QUE MELHOR NÃO A QUEM TIVER FOTOS DE BARCO QUE TRANSPORTAVA CASTANHA EU GOSTARIA MUITO E VER ESTA FOTOS PARA MATAR UM POUCO DA SAUDADE TENHO ORGULHO DE SER DE MARABA AMO MINHA ORIGEM. muito obrigado a todos
Carlos Borromeu
22 de abril de 2023 - 22:34Esse barco foi construído pelo mestre Alexandre Mendes que era de Cametá,que que casou com Aldenora Borges ,que era da família Crisóstomo.
Mestre Alexandre Mendes construía barcos escadas para Melito e para Osório,e para os Mutrans.
Erivelto dos Santos
20 de maio de 2014 - 16:34Pensava nunca mais ver um “Marabaense”‘ mesmo que em fotografia! Quanta saudade…Inverno amazônico, rio (o pai Tocantins) cheio, navegação restabelecida entre Maraba e Tucurui e, consequentemente até Belem, inúmeros deles a transportar a preciosa castanha-do-para… A partir do meio-dia começava-se a ouvir aqueles ruídos característicos e individuais… Lá vem o Delio, olha o Evandro, olha o Presidente Getulio, atrás o Juarez Butelo, agora da pra ouvir o Padre Antônio! Eram as famosas “porfias”…E eu saia correndo da minha casa para a beira do rio para assistir a chegada deles e dos meus heróis: Mestre Edmundo (meu tio), Mestre Manduca Maravilha, Meste Bimba Valente, Mestre Sandu, Mestre Leudy,Mestre Julio Brito, Mestre Rosário, Mestre Oscar, Mestre Felipao, Mestre Ozeias…E não parava, barulho ensurdecedor dos motores Bolinder, Kiel, Gama, Volunder, Seffles, Caterpillar…que equipavam aquelas maravilhosas embarcações…Ah nao poderia esquecer do Alkindar, do Tuphy Mutran, Kalil Mutran, do “rei” Nagib Mutran, do Nelito Almeida, do Couto de Magalhães, do Vale do Tocantins, do Naura, do Moura Filho, do Mestre Dada, do Juarez, do Laercio, do S. José de Ribamar, etc, etc,etc…(lágrimas)
bofó
28 de fevereiro de 2014 - 12:24Prezado Apinajé, nós criados na “beira dos rios” tomando banho e comendo castanha c/farinha de puba, identificamos facilmente esses termos quase marabaenses, mas um leitor do Bogéa, que nunca esteve aquí, precisa uma tradução, digamos. A gente colabora, com prazer.
E ficamos agradecidos com a “tradução”, Bofó.
apinajé
1 de março de 2014 - 16:21bofó,uso o BH justamente por isso,é uma maneira me me sentir perto da terrinha e atenuar a saudade.
é gratificante saber que não estou sozinho,outros tantos o fazem também,é um ponto de encontro virtual que,como num passe de mágica nos transporta de volta as origens,terra mãe e o rio pai,”cruzamento”perfeito que deu origem a tanta gente boa,mestres na arte de viver,artistas da simplicidade que tiveram a felicidade de conhecer Marabá em um tempo que se podia botar a cadeira no “terreiro”enquanto os adultos conversavam a meninada brincava de “boca de forno”,bandeirinha,etc…etc…
é isso “Bofó”faço meu, o agradecimento do Hiroshi.
aquele abraço
bofó
24 de fevereiro de 2014 - 07:59Hectolitro : 100 litros, caixa de madeira usada para medir a castanha. Banzeiro: ondas que se formam na água, provocadas pela passagem de uma embarcação, é maior ou menor, de acordo com o tamanho da referida embarcação.
apinajé
24 de fevereiro de 2014 - 19:13Boa noite,bofó…
cada “enxadada”tua, é uma minhoca,primeiro,cana do leme,segundo,Hectolitro explicado e com a devida correção,banzeiro e suas variações….
tô quase substituindo meu “Aurélio”pelo dicionário BOFÓ,o que tu acha?vamos editar um?
só falta tu dizer que se parece com filhote de cuiucuiu com arraia.rs rs.
abração
Marcus Ataide
23 de fevereiro de 2014 - 00:46Na infância admirei estas embarcações que se diferenciavam dos demais barcos que chamávamos de PENTA devido o motor que usavam. Plinio Pinheiro e Jarbas Passarinho esses davam nome as duas maiores embarcações que levavam castanha de Marabá para Belém. Histórias da travessia na cachoeira de nome difícil, da carona que meu tio Belin e meu irmão Hibernom pegaram, 2 dias comendo só banana e castanha.
Boas lembranças embaladas pelo banzeiro e pelo tempo que assistia esta turma pegar pareia, parabéns pelo registro.
bofó
22 de fevereiro de 2014 - 18:11Sr. Hiroshi apenas p/lembrá-lo, pois sei que o Sr. é da yerra e conhece, o leme da embarcação está submerso e o que se vê na foto é a famosa ” CANA de LEME” . Obrigado Bogéa.
É isso mesmp. Bofó. O leme fica embaixo dá água. Ai na foto, a cana do leme. Bem lembrado.
apinajé
22 de fevereiro de 2014 - 12:33vendo essas fotografias,é impossível não lembrar de pegar “o banzeiro”palavras como “equitolitro”e também dos mestres Ramiro e Raimundinho,valorosos lobos do rio navegando por essas águas…saudades desse tempo em que a Santa rosa “ficava longe do marabazinho”.Santa rosa do Luiz lopes,chico Barbosa,sr. Argemiro,dona Duca e seu bolo de arroz,dona Amélia,tia mundica e por aí vai….
um abraço a todos
Luis Sergio Anders Cavalcante
21 de fevereiro de 2014 - 16:30Hiro, permita-me pequena correção : A cachoeira é denominada Capitariquara e não como colocado. Em 21.02.14, Mba.-PA.
Você tem razão, Luis. Correção processada. Obgdo. Abs