Estranha a postura de Edson Calil de Almeida, diretor nacional do Disque-Denúncia, à imprensa de Marabá, reportando-se sobre o futuro do serviço, na cidade.

Estranheza vem, principalmente, de declarações dadas ao Correio do Tocantins na qual o esperto moço registrou algumas pérolas, cuidadosamente anotadas pelo blog.

Valos lá:

 

Ao ser perguntado sobre o que havia sido feito,  até agora, depois da reunião convocada pelo prefeito eleito com os órgãos de segurança e empresários,  para viabilizar a coleta de R$ 40 mil  complementares ao custo total do trabalho que é de R$ 110 mil/mês, Calil respondeu que “as pessoas apenas aplaudiram seu discurso (no quartel do 4o. BPM), mas não houve retorno financeiro: Isso nos leva a dizer que não somos vencidos pela violência e sim pela indiferença“, disse o moço.

Em outra situação da entrevista concedida ao  competente repórter Eleutério Gomes, a matéria registra:

 

“Sobre o fato de o serviço (Disque Denúncia) não enfrentar dificuldade financeira para continuar seu trabalho em Parauapebas, Edson Calil disse que aquela cidade, embora menor, “tem uma sociedade mais  coesa e solidária“.

Na parte principal da entrevista na qual deveria esclarecer os ainda nebulosos números de custos do Disque Denúncia em Marabá, Calil  pontua, de forma sinuosa, apenas o valor necessário a complementação (R$ 40 mil)  do valor absoluto do trabalho, pouco mais de R$ 110 mil mensais -,  de acordo com o que ele dissera na reunião ocorrida dia 5 de dezembro no quartel da Polícia Militar.

Ora, ora,  esse jogo de cena do esperto Calil  não é recomendável, aqui junto aos brucutus marabaenses, seguindo a lógica do seu pensamento de que o povo de Marabá não é uma sociedade coesa e solidária .

(Seríamos brucutus, né mesmo, Calil?!)

O mocinho deveria ter dito na entrevista que nada foi decidido ainda (como fazer para a complementação do valor pedido)  pelo fato de que o diretor nacional do Disque Denúncia demorou em encaminhar a planilha de custos do serviço, devidamente solicitado durante a reunião no 4o. BPM.

Além do mais, é de uma falta de sensibilidade política  extrema a omissão, na entrevista, dos esforços do prefeito eleito João Salame, ao lado de empresários e dos órgãos de segurança, para a solução do problema.

Edson Calil deveria ter tido a grandeza de registrar  o empenho do grupo reunido no quartel da Polícia Militar na busca de uma solução para o impasse.

A entrevista do rapaz revela um tipo de comportamento preocupante, quando ele tentar se desvencilhar de sua obrigatoriedade de ser mais explícito quanto aos valores corretos atribuídos ao Disque Denúncia.

Na formulação  simplista dele de que seria fácil arrecadar 40 mil mensais – desde que 40 empresários colaborassem com mil reais, cada um; ou 80 empresários, ao valor unitário de R$ 500,00, conforme passa a régua na entrevista ao CT -,  passa ao largo a totalidade do contrato – repito, R$ 110 mil/mês.

Dinheiro não se rasga, inda mais quando se vive momentos de readequação da economia municipal, diante do fechamento de diversas empresas do setor guseira -, e da própria situação político-administrativa  caótica de Marabá, que levará pelo menos uns oito meses para suportar o vendaval.

Por que o diretor nacional do Disque Denúncia não leva suas pressões até as portas do Palácio do Governo Estadual, em Belém, sabendo-se que segurança pública, constitucionalmente, é responsabilidade do Estado?

Sacanagem de primeira linha tentar depositar nas costas da sociedade marabaense a falta de complemento do valor total do serviço.

Ademais, é bom mesmo que a ACIM analise, ponto a ponto, a planilha de custos, finalmente mandada semana passada.

Tem alguma continha que não bate nesse bogodó.