Quem informa é Agência Pará:

 

A competição do surf na pororoca já começou. Nesta 19ª edição, 80 surfistas da região e de outros estados brasileiros estão na disputa. O evento é realizado em São Domingos do Capim, nordeste paraense, em parceria com o Governo do Estado, empresas privadas e instituições como a Associação de Surf na Pororoca (Abraspo). O campeonato de surf na pororoca vai até domingo (24), com várias atrações na cidade.

Para hoje (23), a programação continua com a competição feminina e masculina de surf na pororoca. A expectativa é a quebra do recorde brasileiro do maior número de surfistas na mesma pororoca. O desafio é tradição do evento em São Domingos do Capim. Para 2019, mais de 30 surfistas devem aproveitar as ondas da região, que chegam há mais de dois metros e duram 15 minutos.

“São dois metros de onda e uma duração de 15 minutos. Ainda tem sete bancadas com ondas no decorrer do rio”, conta o presidente da Associação Brasileira de Surf na Pororoca, Noélio Sobrinho.

Outra atração é o Campeonato Noturno de Surf na Pororoca. Essa programação estava marcada para ocorrer nesta sexta-feira. Mas a situação crítica do município, que está sofrendo com o alagamento por causa da maré alta e das fortes chuvas, fez o surf noturno ser adiado para o sábado.

“Está sendo o maior evento da Pororoca dos últimos 15 anos. Amanhã vamos quebrar o novo recorde brasileiro de surf na Pororoca e o desafio noturno, que seria hoje , devido ao estado de calamidade que está em São Domingos do Capim, passou para amanhã à noite. Essa pororoca é diferente de outras. Aqui ela é formada pelo encontro de dois rios de água doce, o Guamá e Capim, o que acaba quebrando esse paradigma do fenômeno ser o encontro do mar com o rio”, revela Noélio Sobrinho.

O evento está conhecido mundialmente e atrai até emissoras estrangeiras. Uma equipe de produção da NGK, a maior emissora de TV do Japão, veio à São Domingos do Capim conhecer a Pororoca e estudar a possibilidade de transmitir ao vivo o fenômeno, no ano que vem, para o outro lado do mundo. “A TV japonesa já exibiu, ao vivo, um fenômeno da natureza na Antártida, agora queremos uma da Amazônia. Estamos pesquisando estrutura e logística para ver se é possível fazer aqui. A equipe está bem animada, é muito bonito”, disse o produtor de televisão, Leonardo Yamaguchi.

(Fotos: Maykon Nunes / Agência Pará)