De um lado, um cão que ladra, prometeu morder, mas só deixou arranhões. Do outro, um urubu sempre preparado para voar alto e ‘bicar’ o rival. No primeiro duelo entre a cachorrada alvinegra e a urubuzada rubro-negra, domingo passado, cada um atacou um pouco, apanhou um pouco e, no fim das contas, não houve vencedor. Hoje, não teve jeito, somente o urubu saiu vivo.
Esse escrito aí é só pra tirar sarro com o mau humor dos perdedores e relembrar a origem dos mascotes: o urubu flamenguista e o cachorro botafoguense.
Os rubro-negros ganharam o apelido de urubus na década de 60, numa alusão racista à grande massa de seus torcedores de maioria negra. Mas bastou um urubu ser solto por um torcedor na arquibancada do Maracanã, numa vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo, num domingo de maio de 1969, para a mascote se consagrar.
No Botafogo, o cachorro Biriba virou a mascote do clube depois que o presidente Carlito Rocha o levou para todos os jogos do clube no Campeonato Carioca de 1948, ganho pelos alvinegros.
Urubu sempre come cachorro morto.