Em 11 de dezembro de 2011,  há um ano, o povo paraense decidia se  concordava ou não com a criação de mais dois estados, subtraídos da atual geopolítica.

O “Não” teve a maioria dos votos.

O plebiscito serviu para expor as imensas e desagradáveis diferenças sociais e econômicas que separam as regiões mais distantes da capital, criando um debate nacional, doze meses depois comprovam,  resumido a nada.

Pelo menos aos olhos das autoridades estaduais, as duas regiões divisionistas (Sul e Oeste do Pará)  continuam a desmerecer qualquer tipo de tratamento especial dedicado a reduzir as desigualdades escandalosas.

O Pará continuará assim, dividido em toda a sua extensão, oferecendo munição  alimentadora do sonho de comunidades obterem suas verdadeiras independências,  não tuteladas pelos governantes de plantão,

A elite patrocinadora dessa divisão secular, do alto de seu orgulho preconceituoso, jamais entenderá a extensão do projeto desenhado pelo povo maltratada do interior, e continuará a tripudiar do grande mal que patrocina.