Quem não se lembra da ligação telefônica, anunciada pela imprensa, quando ele foi escolhido Papa?

Só para recordar.

Em seu segundo dia de papado, Jorge Mario Bergoglio ligou, pessoalmente, do Vaticano,  para seu jornaleiro, pedindo para cancelar a entrega dos jornais em sua residência de Buenos Aires.

Claro, um fato dessa natureza vira notícia fantástica, e revelou, ainda, duas coisas  interessantes.

Papa Francisco é um excelente marqueteiro e, já está provado, maravilhosa figura humana.

Uma notícia como aquela do telefonema pro jornaleiro, aparentemente simples e corriqueira, atinge uma gama de pessoas que por mais agnósticas sejam,  não deixam de reconhecer que o novo Papa é um predestinado.

E talvez nem tenha feito de caso pensado.

Estava mesmo preocupado com o valor dos jornais que não seriam lidos. Ou quis se despedir do amigo jornaleiro. Mas o fato é que resultou numa atitude louvável, repercutida à exaustão.

Quem numa situação como a dele, eleito Papa, tendo que assumir os ritos e responsabilidades  impostos pelo cargo de líder da Igreja Católica, iria lembrar do jornaleiro de Buenos Aires?

Agora, zanzando pelas ruas do Brasil, Papa Francisco consagra sua condição de extraordinário marqueteiro.

Na homilia proferida no palco de Copacabana, para milhões de jovens, ele construiu, ipsilitero, uma frase de forte apego publicitário:

 

– “Bote fé. Bote esperança. Bote amor”.